Como resultado de uma importante articulação da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg), e outras instituições ligadas à aquicultura brasileira, foi suspensa a importação de tilápias do Vietnã até que sejam feitas todas as análises de risco sanitário dos produtos. A medida foi anunciada esta semana pelos ministros Carlos Fávaro, da Agricultura e Pecuária (MAPA), e André de Paulta, da Pesca e Aquicultura (MPA), em função da existência da doença TliLV (Tilapia Laki Virus) no país asiático.
De acordo com Bruno Rocha de Melo, a disseminação da TiLV representa uma ameaça real à segurança sanitária e à estabilidade aquícola. A doença, que tem afetado populações de tilápias em diversas regiões do mundo, pode causar mortalidade em massa e impactos severos nas operações de aquicultura. Se chegasse ao Brasil, considerado atualmente uma zona livre, a TiLV poderia resultar em restrições comerciais.
“Destacamos a importância da aquicultura no Brasil e em Minas Gerais, uma atividade que tem sido força motriz para o crescimento econômico e desenvolvimento. A produção nacional alcançou mais de 550 mil toneladas em 2022 e contribuiu significativamente para o superávit da balança comercial. A importação dessa mercadoria poderia colocar em risco nossos criatórios e consumidores, por isso, devemos ficar atentos aos protocolos sanitários e ambientais dos diferentes países”, explicou Bruno.
Em janeiro, a Faemg enviou aos órgãos federais um ofício em que demonstra preocupação e cobra posicionamento sobre o registro de importação de um lote de 25 toneladas de tilápias congeladas do Vietnã.