Técnicos de campo, instrutores, produtores e outros profissionais ligados à produção do Queijo Artesanal de Minas (QAM) reuniram-se nesta sexta-feira (14/6), no Expominas, em Belo Horizonte, durante o 6º Festival do Queijo Artesanal de Minas. O encontro discutiu assuntos de interesse da cadeia produtiva por meio de dois painéis com os temas: “Tecnologia de produção: do leite ao queijo” e “Sustentabilidade econômica, ambiental e social”.
O seminário técnico é uma realização do Sistema Faemg Senar com o Sebrae Minas, com o apoio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa-MG), do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater).
“Neste ano estamos trazendo uma maior representação dos produtores. Essa aproximação com o sistema público é uma oportunidade para eles conhecerem, perguntarem e apresentarem as suas demandas. Trazemos também nossos técnicos, que são a chave para entrarmos nas propriedades e podem levar essas informações até o campo”, enfatizou a gerente Assistência Técnica e Gerencial do Sistema Faemg Senar, Nathália Rabelo.
Para atender aos produtores rurais, os temas do seminário foram adequados, como explica o gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal do IMA, André Duch. “Além do governo falando da legislação, o destaque deste ano são pesquisadores e professores falando de temas mais voltados para o produtor, como sustentabilidade, sucessão familiar e certificação de propriedade A2. Uma grade bem diversa”.
Este é mais uma parceria de sucesso entre Sistema Faemg Senar, Sebrae Minas e Seapa e suas vinculadas. “Alinhamos conceitos entre as entidades que atendem o produtor e nos aproximamos do interesse dele sem descuidar da segurança do alimento e das questões técnicas. Um dos temas de destaque são os registros de inspeção municipal, que aumentaram muito e ajudam o produtor a se inserir legalmente no mercado”, afirmou o analista da Unidade de Negócios do Sebrae Minas, Ricardo Boscaro.
Conteúdo para produtores e técnicos
O primeiro painel contou com apresentações sobre melhoramento genético na produção de queijos, certificação de vacas A2A2, importância do processo de coagulação para a geração de renda e formação de sabor, e o efeito do armazenamento sobre a microbiota do "pingo".
Já no segundo painel, foram ministradas palestras sobre sustentabilidade econômica, ambiental e social da atividade, sucessão familiar e o futuro da queijaria, emissão de selos de artesanalidade pelos Serviços de Inspeção Municipais, e-SISBI: Panorama dos Serviços de Inspeção Municipais e dos registros de queijarias em Minas Gerais, sob a óptica da plataforma, e regulamentação de queijos artesanais, emissão de selos de artesanalidade e o SISBI em Santa Catarina.
Do seminário para o campo
Produtora de leite e de queijo, Thais dos Santos é de Chiador, na Zona da Mata. Para ela, eventos como esse contribuem para a formação de uma comunidade forte de produtores com as mesmas necessidades e ajudam no progresso e fortalecimento da atividade. “As palestras técnicas abrem a nossa cabeça, como se botassem uma sementinha de conhecimento sobre o que a gente pode buscar para melhorar”.
Segundo Aline da Silva Machado, que é instrutora do Sistema Faemg Senar há 31 anos e técnica de campo há quatro, o seminário técnico é oportunidade para obter informações que podem ser aplicadas no campo. “Ver os órgãos que precisam apoiar os produtores rurais unidos para seu crescimento e para a valorização do queijo artesanal mineiro é fantástico. Temos aqui diversos produtores interessados em aprender para melhorar a renda e a qualidade dos seus produtos”.