Com Lei do Combustível do Futuro, que incentiva o uso de combustíveis limpos e renováveis no Brasil, Movido pelo Agro - Etanol ganha ainda mais relevância
O Brasil deu um passo decisivo em direção à descarbonização do setor de transportes com a sanção da Lei do Combustível do Futuro (PL 528/2020), que incentiva o uso de combustíveis limpos e renováveis. Essa nova legislação representa uma oportunidade estratégica para o agronegócio, especialmente para Minas Gerais, que se destaca como pioneiro na produção de biocombustíveis como o etanol.
A nova lei abre portas para o desenvolvimento de novas tecnologias e combustíveis, como hidrogênio verde, biodiesel, biometano, biogás e bioquerosene de aviação. Segundo a gerente de sustentabilidade do Sistema Faemg Senar, Mariana Ramos, essa diversificação da matriz energética oferece uma gama de oportunidades para o produtor rural, que poderá participar de novos mercados e tecnologias.
“Com a aproximação da COP30, que será realizada em 2025 no Brasil, teremos a chance de liderar o debate global sobre bioenergia e sustentabilidade. Juntamente com outras nações agrícolas tropicais, o Brasil pode pavimentar o caminho para metodologias e diretrizes mais robustas na produção sustentável de energia, consolidando o papel do agronegócio na descarbonização global”, explica a gerente.
Movido pelo Agro - Etanol
Neste cenário promissor, o "Movido pelo Agro - Etanol", criado pelo Sistema Faemg Senar em parceria com a Siamig Bionergia, ganha relevância. Lançado em 2023, o projeto tem como objetivo valorizar o etanol, combustível renovável e limpo, além de fortalecer o papel dos produtores rurais na transição energética do país. Desde o seu lançamento, o projeto atraiu parceiros e alcançou outros estados, como Mato Grosso do Sul, Goiás e em breve será lançado no Paraná, tornando-se um movimento nacional.
“Por ter papel fundamental na diminuição das emissões de CO2, o etanol pode ser considerado combustível do futuro. Enquanto um quilômetro rodado de gasolina emite para o meio ambiente algo em torno de 0,185 gramas de gases do efeito estufa, a mesma quilometragem percorrida com etanol emite cerca de 65% menos. Além disso, parte das emissões do etanol é compensada pela cana-de-açúcar, que absorve o dióxido de carbono da atmosfera por meio da fotossíntese. Mais uma vez, a agropecuária traz solução para a melhoria do meio ambiente, contribuindo para diminuir a poluição do ar”, diz o presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio de Salvo.