A rodovia LMG-754, que liga Curvelo a Cordisburgo passa, a partir desta terça-feira (3), a se chamar Antonio Ernesto Werna de Salvo. O nome é uma homenagem ao engenheiro agrônomo e pecuarista, cuja trajetória se destacou pela liderança no setor agropecuário e pela defesa dos interesses dos produtores rurais.
Segundo o deputado Antônio Carlos Arantes, autor do projeto de lei 24.948/2024 que dá nome à rodovia, todo reconhecimento ao pecuarista, que também é pai do atual presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio de Salvo, é válido. “Ele foi uma das maiores lideranças do agro no Brasil, foi presidente da Faemg, da CNA, era um líder autêntico, fez muito pelo nosso agronegócio. Então, tudo que fizermos é muito louvável, porque é um homem que marcou uma era no nosso Brasil”, comentou.
O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Thales Fernandes, comenta que hoje é um dia importante para o agro. “A sanção dessa lei é, sem dúvida, o reconhecimento de um homem que fez muito pela agropecuária de Minas. Ernesto de Salvo foi, sem dúvida, um marco junto a Alisson Paulinelli e outras lideranças do estado. Deixou um grande legado, além de ser pai do nosso grande amigo Antônio Pitangui, presidente da Faemg, que continua essa história de gerações de agrônomos trabalhando por Minas Gerais”, disse.
Biografia
Nascido em Curvelo, Minas Gerais, em 1933, Ernesto de Salvo se formou em Agronomia pela Universidade Rural do Brasil, no Rio de Janeiro, em 1955. Durante décadas, administrou a Fazenda Canoas, em Curvelo, onde consolidou sua trajetória como criador da raça Guzerá, com reconhecimento nacional e internacional. Faleceu em 2007, aos 73 anos de idade, em Belo Horizonte.
Contribuições para o agro
Em Curvelo, foi presidente e fundador do Sindicato Rural de Curvelo e da Associação Mineira de Criadores de Zebu. Na Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg) foi presidente da Comissão Técnica de Pecuária de Corte, vice-presidente por dois mandatos e presidente de 1984 a 1990.
Em âmbito nacional, presidiu a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) por cinco mandatos consecutivos, tendo sido reeleito em 2005 para mais um triênio. Sob sua liderança, a CNA fortaleceu a representação dos produtores rurais no Brasil e no exterior.
O pecuarista também exerceu diversos outros cargos de destaque ao longo de sua carreira. Foi membro do Colégio Brasileiro de Juízes e do Conselho Técnico do Serviço de Registro Genealógico da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), além de presidente da Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil. Em 1987, recebeu o Mérito Pecuário, honraria concedida pela ABCZ.
Ernesto de Salvo também foi presidente da Confederación Interamericana de Ganaderos y Agricultores (Ciaga), entidade que reúne produtores rurais das Américas, e presidiu o Conselho Deliberativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
Além dessas atividades, participou de importantes conselhos e entidades do setor, como o Conselho Nacional do Trabalho, o Conselho do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e o Conselho Nacional de Política Agrícola. Suas contribuições incluem publicações técnicas na área de zootecnia, incluindo o livro “Guzerá 50 anos – Fazenda Canoas – Curvelo – MG”.
