Com o crescimento, na pecuária de leite José Augusto planeja abandonar o trabalho como mestre de obras
O produtor José Augusto Simão, de Barão do Monte Alto, na Zona da Mata, recebeu o Sítio Ribeirão do Reduto como herança de seus pais em 2011 e se mudou para a propriedade rural com a esposa, Íris Correa do Prado Simão, em 2015. O sítio já tinha alguns animais de recria e uma vaca e o casal escolheu investir na bovinocultura de leite. Eles começaram tirando leite da única vaca e, aos poucos, com muito trabalho e esforço, aumentaram o rebanho que passou a ter sete animais.
A produção diária era de 45 litros de leite até a chegada do Programa de Assistência Técnica e Gerencial - AteG Balde Cheio, do Sistema Faemg Senar, em 2022. Nos primeiros 12 meses do programa a produção chegou à média de 82 litros de leite por dia, com as mesmas sete vacas.
O volume deve seguir crescendo com ajuda da tecnologia e do melhoramento genético, como explica a técnica de campo que acompanha a família, Luiza Arêdes. “Eles conseguiram investir no melhoramento genético do rebanho através da fertilização in vitro (FIV), fazendo protocolo para transferência de embriões e hoje possuem quatro novilhas meio sangue girolando já com peso para iniciarem na reprodução”.
Também foi em 2022 que o casal adquiriu o tanque de resfriamento com capacidade para 500 litros de leite. A conquista trouxe mais autonomia e foi resultado das lições de gestão introduzidas pelo ATeG. “A gente fazia tudo e não anotava nada. Não sabia o que tinha, para onde ia o dinheiro. Agora virou hábito fazer as contas antes de comprar, pesquisar e analisar as melhores opções”, contou Irís.
Com o desenvolvimento na atividade e mais rentabilidade, este ano o casal adquiriu mais terras e faz planos para o futuro. José Augusto pretende deixar a ocupação como mestre de obras, que ainda completa a renda da família para se dedicar exclusivamente à bovinocultura de leite em breve. “O ATeG é uma maravilha, um aprendizado muito grande, e uma bagagem muito boa para nós. É o conhecimento que está nos ajudando no dia a dia. A gente aproveita ao máximo o programa porque o ciclo acaba, mas o conhecimento fica”, disse o produtor agradecido.
Capacitação
Este ano o casal investiu em mais conhecimento para seguir melhorando a produção. José Augusto e Íris não só foram alunos aplicados, como abriram as porteiras do sítio para receber os treinamentos oferecidos pelo Sistema Faemg Senar por meio do Sindicato dos Produtores Rurais de Muriaé.
Cursos de Cria e recria de bezerras e Alimentação foram ministrados na propriedade. Os produtores também já fizeram curso sobre Qualidade do leite ministrado em Muriaé. “O mercado exige cada vez mais qualidade e quem não trabalha nisso e busca conhecer o seu produto, não consegue nem vender”, comentou José Augusto que melhorou as boas-práticas na produção após os treinamentos e orientações da técnica.
“O ATeG trouxe transformação para nós. E a técnica nos incentiva a fazer os cursos para aprender mais. Tivemos excelentes instrutores e estamos colocando o aprendizado em prática”, completou Íris.