A apicultura é uma atividade produtiva estritamente ligada à ecologia e que gera renda para produtores rurais na região de Juiz de Fora. Para discutir o manejo e o aumento da produtividade do setor, foi realizado o 3º Encontro Regional de Apicultores e Meliponicultores, realizado pelo Sistema Faemg Senar, Sindicato Rural de Juiz de Fora e Associação de Apicultores e Meliponicultores de Juiz de Fora e Região (APIJUR).
Durante um sábado inteiro, cerca de 70 criadores de abelhas participaram de seminários que abordaram as técnicas atualizadas na criação dos insetos que, além de produzir mel, própolis e cera, são essenciais na polinização de plantas que servem para a alimentação de pessoas e animais. “Nosso trabalho é apoiar essa produção, enxergar o potencial, trazer novos conceitos para os produtores e profissionalizá-los”, afirmou Emerson Simão, gerente regional do Sistema Faemg Senar.
Atuando na região desde o início de 2024, o Programa de Assistência Técnica e Gerencial - ATeG Apicultura, vem trazendo mais conhecimento e técnicas atualizadas para os produtores. Os seminários realizados durante o encontro serviram para complementar os conteúdos apresentados na assistência. “Queremos ajudar a melhorar o manejo e aumentar a produtividade das colmeias”, contou Alex Ferreira, presidente da APIJUR.
Há mais de 30 anos no ramo, o apicultor Leonardo Tarquínio, de Paty do Alferes, no Rio de Janeiro, aproveitou o sábado para participar do evento e se atualizar sobre técnicas de criação. “É importante encontrar outras pessoas do setor. Além do aprendizado do seminário, tem a troca de experiências, que é muito boa”.
Programação para o público infantil
Não foram apenas os adultos que puderam aprender um pouco mais sobre as abelhas. Alunos da escola municipal Padre Caetano, do distrito de Monte Verde, acompanharam a programação e conheceram de perto diversas espécies de abelhas sem ferrão. “Temos feito esse trabalho de levar crianças ao meliponário, para que essa geração tenha mais conhecimento sobre o assunto e consciência ambiental”, contou Alex Ferreira.
A criação de abelhas pode ser dividida em dois ramos: a apicultura, que trata das abelhas africanizadas e com ferrão, e a meliponicultura, a criação de abelhas nativas e sem ferrão. Alice do Carmo, mãe de Milena, não sabia disso. Ela e a filha acompanharam as visitas ao meliponário e conheceram diversas espécies novas do animal.
“Eu tinha medo, para mim toda abelha era perigosa. A minha filha já foi picada. Hoje eu fiquei menos apreensiva pois sei que nem sempre tem perigo”, contou Alice. Ela e dezenas de pessoas tiveram a oportunidade de conhecer colmeias de várias espécies de abelhas nativas, como jataí, irapuã, mandaçaia, mirim-luci, mirim-droryana e boca de sapo. Também foram apresentados produtos como mel, própolis e sabonetes feitos com cera de abelha.