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Protagonismo e troca de experiências com o ATeG em Janaúba

EXPÔ JANAÚBA
ESCRITO POR RICARDO GUIMARÃES, DE MONTES CLAROS
13/06/2023 . SISTEMA FAEMG, SINDICATOS, SENAR, FAEMG

Animais mantidos na propriedade de Gustavo Miguel chegam a produzir 600 litros de leite por dia, com o ATeG

Produtor Gustavo Miguel ao lado da técnica de campo Ana Cláudia e da vaca Suzuki

A cadeia da bovinocultura de leite cada vez mais cresce e se profissionaliza no Norte de Minas com o auxílio do trabalho de campo do Sistema Faemg Senar. Em Janaúba, os produtores de leite atendidos no Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG AgroNordeste) vivenciaram uma experiência nova e rica de conhecimentos. Pela primeira vez eles fizeram parte de um torneio leiteiro, dentro da Expô Janaúba, que buscou retomar o protagonismo da produção na região.

“Já são três anos trabalhando com eles, em mais de um ciclo de ATeG, mostrando a importância da atividade leiteira como um todo. Trouxemos para dentro da exposição pequenos e médios produtores para, não só participar do torneio leiteiro, mas vivenciar e trocar experiências”, explicou a técnica de campo Ana Cláudia Soares.

Uma grande estrutura foi colocada ao lado das baias do torneio, encerrado no último sábado, dia 10, chamada de Casa do Leite. No local foram realizadas mesas de bate-papo, palestras e encontros empresariais envolvendo produtores, compradores e técnicos de campo, em diversas áreas.

A proposta foi levantada pela equipe de ATeG e Sindicato dos Produtores Rurais de Janaúba, que arcou com o transporte dos animais para dentro da feira e organização das baias do torneio. Cinco produtores que estão com ciclo em andamento na Assistência Técnica e Gerencial em Janaúba, Verdelândia e Nova Porteirinha expuseram seus animais.

Profissionalização

Gustavo Miguel Cunha da Silva, produtor em Janaúba, foi um dos assistidos do ATeG que participou da ação. A vaca Suzuki foi uma das mais prestigiadas e ficando, inclusive, com o segundo lugar do torneio, na categoria Vaca Jovem. Ainda no segundo ano à frente da gestão da propriedade, o produtor tem trabalhado desde o início com processos de profissionalização da atividade. 

Ele frisou que o ATeG tem sido a mola propulsora das novas técnicas de trabalho e investimentos na fazenda, que conta com 34 animais em lactação, produzindo cerca de 600 litros de leite por dia. “O que alavancou, de fato, nossos processos para começar a melhorar a genética e matrizes leiteiras foi o ATeG. A técnica vem incentivando e mostrando alternativas, modernizando nossas estruturas e melhorando os animais da fazenda. Nossa empresa está cada vez mais profissional. Aprendemos a tratar a fazenda como empresa, especialmente na parte de gestão, um dos pilares mais importantes ao lado da produção em si. Sem isso é impossível avançar na pecuária leiteira”, destacou o produtor. 

Vaca Suzuki garantiu segunda posição


Em se tratando de alavancar, a perspectiva de crescimento de Gustavo foi reforçada ao longo da participação no torneio leiteiro. Entre uma e outra troca de experiências, o produtor aproveitou a novidade do espaço dedicado ao leite na Expô Janaúba para adquirir mais conhecimento. 

“Seria interessante se mais produtores participassem, especialmente os pequenos. O nosso objetivo é divulgar o trabalho que estamos fazendo, adquirir conhecimentos, trocar experiências, e tudo isso é muito válido neste momento. Aqui foi possível fortalecer parcerias e integrar a cadeia produtiva da região”, salientou.

Troca de experiências 

Atualmente a região conta com um grupo de ATeG ativo da bovinocultura de leite. A marca do trabalho tem sido a realização de eventos técnicos e encontros entre produtores, como dias de campo e seminários. “Eles conseguiram conversar com técnicos da área, dialogar com outros produtores, comercializar animais, visando o melhoramento genético. Penso que este e os demais grupos de ATeG serão ainda mais fortalecidos, terão uma imagem diferente para a região”, pontua a técnica de campo Ana Cláudia.

Estrutura da Casa do Leite foi iniciativa do ATeG e Sindicato Rural


Com 12 anos de experiência e vivência na produção de leite, José Aparecido, de Verdelândia, levou uma vaca que é cria própria da fazenda, que nos últimos meses tem atuado com ainda mais técnica e genética de qualidade. “O ATeG tem sido importante, chegou em boa hora. Quando comecei no leite estava ainda aplicando conhecimentos do tempo do meu pai. Eu passei a me capacitar, busquei tecnologia, fiz cursos do Senar e agora a assistência”, declarou.

José Aparecido usou o evento para mostrar a qualidade do seu rebanho

Com a maior renda da atividade leiteira, o produtor sabe que a possibilidade de se integrar em eventos técnicos só aumenta ainda mais a qualidade do trabalho em campo. “É uma atividade muito gratificante, que o pequeno produtor consegue crescer. Se não fosse o ATeG nós não estaríamos aqui, neste tipo de evento. É um grau de conhecimento inesquecível”, finalizou José Aparecido.