O agro ainda é visto pela sociedade como um segmento predominantemente masculino, mas essa realidade está mudando. Dentro do Agtech Garage, maior hub de inovação focado no setor na América Latina, a presença feminina é crescente.
São cada vez mais mulheres no nosso time, cada vez mais mulheres ocupando cargos de liderança nas startups, fomentando a inovação nas empresas e na Academia e movimentando a transformação digital do agronegócio.
Em outubro se comemora nacionalmente o dia da inovação e, entendendo a importância da mulher nesse movimento, é nosso papel questionar as estruturas e estimular o desenvolvimento de todas no nosso ecossistema. Por isso, elaboramos uma pesquisa rápida para conhecer um pouco mais sobre as #MulheresQueInovamOAgro, suas trajetórias e desafios.
Se você é mulher e está envolvida de alguma forma no ecossistema de inovação (startups, corporações, centros de pesquisa, propriedades rurais e demais organizações), contamos com a sua resposta. Caso não seja, mas conheça alguma delas, encaminhe essa mensagem e vamos juntas entender melhor esse cenário!
Para não perder de vista o que já conquistamos e para onde podemos mirar nossos esforços, compartilhamos também, logo abaixo, alguns dados curiosos e insights:
Segundo pronunciamento da ministra Tereza Cristina, de julho de 2020, apesar de as mulheres dirigirem cerca de 20% dos estabelecimentos rurais no Brasil, a área desses estabelecimentos equivale a apenas 8,5% da área rural total do país.
Para 94% dos produtores consultados pela Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio em pesquisa realizada em 2021, a mulher é considerada vital ou muito importante para o negócio rural. Em relação aos postos de decisão e comando, elas ocupam 26% dos assentos no setor. Mas a disparidade ainda é grande entre as diferentes áreas. Enquanto no ramo leiteiro elas ocupam 88% das posições de liderança, na cadeia da soja esse número é de apenas 2%.
Conforme o “Estudo Mulheres do Agronegócio” do Cepea, a participação da mulher no mercado de trabalho do agronegócio cresceu consistentemente entre 2004 e 2015, passando de 24,1% para 28% da força de trabalho. Comparativamente ao Brasil como um todo, a participação da mulher no agronegócio ainda é relativamente baixa – em 2015, 40% dos trabalhadores, em geral, eram mulheres.
Distribuição das mulheres entre os quatro segmentos do agro (Fonte: Cepea)
O segmento de agrosserviços foi destaque na ocupação de mulheres em 2015, com participação de 45,3%. Dentro da agroindústria (que responde por 34,1% do total), mais de 45% das mulheres atuam na produção de alimentos e bebidas e cerca de 31% na indústria têxtil e de vestuário. Na agropecuária, a concentração de mulheres é mais frequente na hortifruticultura (18,8%), seguida de atividades relacionadas à avicultura (12,2%), a grãos (10,6%) e à bovinocultura (9,7%), em especial a produção de leite.
Em termos da sua presença nas categorias hierárquicas, mais de 40% das mulheres trabalham como funcionárias com carteira assinada. Uma parcela relevante também trabalha como profissional por conta própria. Menos de 20% não têm carteira assinada e em torno de 5% são empregadoras.
Ocupação das mulheres do agro nas diferentes categorias de emprego (Fonte: Cepea)
Participe da nossa pesquisa. Contamos com você para continuar inovando o agro!