O cooperativismo é uma atividade fundamental para o agronegócio no Brasil. Hoje, cerca de 60% da produção agropecuária nacional é feita por agricultores, a maioria deles da agricultura familiar, ligados a alguma cooperativa.
O uso dessas associações, garantida pela Lei Geral do Cooperativismo, de número 5764/71, tem assegurado a micro, pequenos e médios produtores capilaridade na compra de insumos, representatividade nas vendas, mitigação dos custos e até poder e meios de importação. Como um cafeicultor pequeno de café do sul de Minas, por exemplo, poderia exportar seu produto sem ser através de alguma cooperativa? A alternativa é usar um atravessador, que pratica custos mais altos do que os de mercado.
A participação nessas organizações garante atendimento e suporte para toda a cadeia produtiva, desde antes da porteira, dentro da fazenda e depois da porteira, como explicam as expressões usadas no mercado. Isso inclui a compra de ração, para animais, adubos, insumos, trabalhadores, equipe especializada, como veterinários e agrônomos, armazenamento, venda e desenvolvimento profissional.
Os produtores podem ser remunerados em dois momentos: na venda da produção para a cooperativa e na divisão da sobra, que é exatamente o que sobra depois de pagos todos os custos, e garantidos o fundo de reserva, que representa 10% do faturamento, e dos 5% do Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (Fates). Como são organizações sem fins lucrativos, as cooperativas trabalham com o melhor preço, mas sem visar o acúmulo dos ganhos. O resultado é dividido por todos.
Além das cooperativas de produção, o agronegócio ainda se apoia nas cooperativas de créditos, que são as organizações que oferecem o suporte financeiro para os agricultores. Apesar de terem começado com essas linhas de crédito, a maioria delas hoje é de livre admissão, ou seja, têm clientes de vários negócios, e não somente da agricultura.
O futuro do cooperativismo
O futuro do cooperativismo deve ser uma missão de todos, mas esbarra na falta de capacitação dos dirigentes. E esse deve ser o próximo passo. Oferecer a possibilidade para que todos os dirigentes de cooperativas tenham a capacidade técnica e educacional, financeira e de administração, para que as organizações cresçam ainda mais, conquistem mais mercados. Durante a pandemia da Covid-19, muitos deles aproveitaram o momento para se dedicar à especialização, mas ainda é preciso mais.
A pandemia nos apresentou, ainda, um salto tecnológico muito importante. E temos que garantir que os produtores se aproximem e entendam cada vez mais essas novas tecnologias. Quanto mais desenvolvimento, mais se produz com menor custo. E o cooperado ganha dinheiro quando ele deixa de gastar.
AGROFUTURE SUMMIT
Em sua primeira edição, o Agro Future Summit é um dos maiores eventos do país voltado para inovação e tecnologia para o agronegócio. Realizado pelo Sistema FAEMG/SENAR/INAES, o evento terá encontros simultâneos, webinars, cursos, conteúdo ao vivo, encontros e seminários. Todo o conteúdo poderá ser acessado por meio da plataforma, pelo computador, celular ou tablet. As inscrições, que são gratuitas, podem ser feitas neste link: https://agrofuturesummit.com.br/#inscricoes
CO-REALIZAÇÃO: O AGROFUTURE SUMMIT conta com a co-realização da FIEMG, SEBRAE Minas e Governo do Estado de Minas Gerais via Codemge.
*Ronise Magalhães de Figueiredo é professora da PUC Minas e presidente da Comissão de Direito Cooperativo da OAB/MG
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