Fortalecer a presença feminina no agro e no Sindicato: essa foi a proposta do bem-sucedido 1º Encontro de Mulheres do Agro de Boa Esperança e Região, realizado na terça-feira (12) pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Boa Esperança, o Sindiboa. Quase 90 mulheres reuniram-se para ouvir palestras, trocar ideias e saberem como, juntas, podem apoiar umas às outras na solução de suas necessidades e aprimorar seus negócios rurais.
“Chegar no primeiro evento e ter um salão repleto de mulheres foi uma surpresa excelente. A mobilização que o sindicato fez ligando para as mulheres, falando do potencial de cada uma, chamando para estarem junto do sindicato, trouxe uma resposta muito positiva das mulheres e elas se empenharam em estar presentes e também em querer continuar esse trabalho”, contou a superintendente do INAES, Silvana Novais, convidada a palestrar sobre “A importância do empreendedorismo feminino no agro”.
Henrique Pacheco, presidente do Sindiboa, destacou que as mulheres estão cada vez mais em evidência no mercado de trabalho como um todo, então era mais do que hora do Sindicato fazer esse encontro. “Tivemos a iniciativa de promover esse evento para atrair cada vez mais mulheres para junto do sindicato e criar um grupo para que elas interajam mais e possam trocar ideias e se fortalecer na atividade rural. Felizmente tivemos uma adesão bem expressiva, que nos deixou bem felizes com o resultado”, disse. O evento também contou com o apoio de empresas e cooperativas da região.
União que faz a força
A tônica das palestras mostrou para as mulheres que, com união, capacitação e empenho, elas podem conquistar seu espaço e marcar a presença feminina no agronegócio. Elas ouviram Beatriz Vilela, produtora rural sócia da Fazenda Barreiro e segunda colocada no Prêmio Mulheres do Agro 2019; a pecuarista Maria Antonieta Guazzelli, uma das proprietárias da Fazenda Palmito, que falou sobre “Inserção da mulher no Agro Brasil”; e Amanda Luíza Cezário, consultora do Sebrae Minas, com o tema “Desenvolvendo empreendedoras & líderes apaixonadas pelo sucesso”.
Silvana Novais falou da importância delas participarem do Sistema FAEMG e do que a entidade tem a oferecer a elas, como resgatar e fortalecer grupos de mulheres da cafeicultura e de outras cadeias produtivas. Um bom exemplo disso é o grupo de Empreendedoras do Agro de Minas do Sistema FAEMG, que mantém conexão de mulheres de diversas cadeias produtivas que trocam conhecimento contínuo. Outro bom exemplo são as associações de mulheres na região de Manhuaçu, que estão juntas desde 2005 – o trabalho já cresceu tanto que elas têm um dia dedicado a elas dentro do Simpósio de Cafeicultura da Região das Matas de Minas, evento importante da região no segmento.
“Sozinhas, as mulheres têm dificuldades de sanar seus problemas e não tem dimensão de tudo que elas podem fazer para apoiar na gestão da propriedade ou mesmo assumir a fazenda. Dentro disso, eu fui mostrando que elas podem agir para que a família esteja junto, percebendo a propriedade como um empreendimento familiar que garante o futuro deles, já pensando na sucessão familiar”, disse.
Silvana elogiou a iniciativa do Sindiboa e ressaltou que o Sistema FAEMG está à disposição para esse tipo de ação. “Foi uma tarde em que pudemos compartilhar experiências e trazer propostas para a vida delas. Tivemos uma resposta muito positiva quando elas mesmas tiveram satisfação em continuar. O sindicato teve um excelente início e está bem preparado para continuar esse trabalho”, concluiu.