Os investimentos em agtechs e foodtechs consolidaram um aumento de 15,5% em 2020 e chegaram à cifra de US$ 26,1 bilhões (ou R$ 143,8 bilhões) em todo o mundo. O levantamento foi divulgado, nesta semana, no AgFunder AgriFoodTech Investment Report 2021.
O número, no entanto, pode chegar a US$ 30 bilhões (ou R$ 165,5 bilhões) à medida em que novos negócios realizados em 2020 sejam incluídos no relatório. Deste modo, segundo a venture capital dos Estados Unidos, o aumento chegaria a 34,5% em relação a 2019.
Pela primeira vez em 7 anos, desde que o levantamento é realizado, os investimentos em agtechs mais próximas das fazendas superaram os realizados naquelas mais próximas aos consumidores, como logística, entregas e outras.
A categoria “upstream” considera agtechs dedicadas a biotecnologia, marketplaces, bioenergia e biomateriais, gestão de fazendas, sensoriamento e IoT, robótica agrícola, mecanização e equipamentos e sistemas inovadores de produção.
O investimento “upstream” aumentou 68% na comparação ano a ano para US$ 15,8 bilhões (R$ 87 bilhões), ultrapassando o investimento “downstream” (US$ 14,3 bilhões ou R$ 78,82 bilhões) pela primeira vez na história.
O investimento em startups de alimentos inovadores dobrou para US$ 2,3 bilhões (R$ 12,8 bilhões), impulsionado por iniciativas de proteínas alternativas, à medida que os consumidores questionam cada vez mais a produção de seus alimentos.
As empresas de logística e delivery levantaram US$ 5,3 bilhões (R$ 29,2 bilhões) e fecharam 30% mais negócios no comparativo anual. As biotechs, por sua vez, levantaram US$ 1,6 bilhão (R$ 8,82 bilhões), um aumento de 60% em relação ao ano anterior, dominado pela tecnologia de edição de genes.
As startups do delivery levantaram US$ 5,1 bilhões (R$ 28 bilhões) enquanto várias empresas levantavam várias rodadas durante o ano para apoiar a demanda agressiva provocada pela pandemia.