Docentes de escola municipal, no Norte de Minas, passaram por capacitação do Projeto Conviver
Capacitar, treinar e modernizar o trabalho rural são pontos que todos sabem que fazem parte do DNA do Sistema Faemg Senar. Porém, não para por aí, a exemplo do treinamento realizado na comunidade rural de Virgínio, em Miravânia, no Norte de Minas. Por lá, 15 profissionais da educação, que atuam na Escola Municipal Thomás Gonzaga, foram capacitados pela instrutora Laís Lisboa dentro do Projeto Conviver, uma iniciativa que visa despertar um novo olhar para os jovens estudantes, possibilitando uma reflexão sobre a sua prática pedagógica nas instituições de ensino inseridas no meio rural.
Durante o curso, que chegou à escola por meio da parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Manga, dinâmicas foram propostas para os educadores compartilharem experiências e discutirem temas relacionados ao comportamento dos jovens estudantes, sinais de transtornos, desafios da convivência entre as gerações, além de outros conteúdos. Segundo a diretora da escola Maria Creuza Carneiro de Souza, o Conviver despertou em todos os participantes novas alternativas de atuação em sala de aula e vai contribuir diretamente na proposta de novas práticas pedagógicas.
“Estamos na fase de organizar um novo projeto na escola, que é o professor recuperador. Com esses dois anos de pandemia, nossos adolescentes estavam com defasagem de aprendizado e o Conviver vai contribuir muito nessa formulação, nos ajudar a entender como chegar até eles de maneira mais assertiva, porque lidar com este público é desafiador nos dias atuais. São várias necessidades pedagógicas para trabalhar dentro da escola com estes jovens”, destaca a diretora.
Docente do segundo ano do ensino fundamental, com alunos na faixa dos sete anos, Éles Regina Nogueira Lisboa se surpreendeu com a capacitação e acredita que todos os profissionais da escola se abriram para novas metodologias que possam assistir melhor os estudantes.
“É um novo aprendizado que vai incrementar no dia a dia da sala de aula. Conquistamos conhecimentos que vão nos ajudar a saber lidar ainda melhor com os alunos, uma nova visão para essa convivência no ambiente escolar para contribuir nos processos de superação das dificuldades individuais de cada aluno”, opina a Éles Regina.
A escola, que atua do primeiro ano do ensino fundamental ao ensino médio, conta com 175 alunos. A maioria dos jovens convivem com a realidade da zona rural e ajudam seus familiares nas roças, por exemplo.
“Além de ser a escola do campo, também estamos presentes nas comunidades com os jovens. Ao capacitarmos os professores, beneficiamos indiretamente os alunos, filhos dos produtores rurais. Esse suporte vai ajuda-los a chegarem mais bem preparados ao segundo grau e, quem sabe, conquistarem mais objetivos como um curso superior. É um ciclo que se inicia agora e pode gerar grandes frutos”, afirma o presidente do Sindicato Rural de Manga, Luiz Claudio dos Santos Chaves.