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Sucesso do programa promete técnicos ainda melhores em campo

ATEG UNIVERSITÁRIA
ESCRITO POR JANAINA ROCHIDO, DE BELO HORIZONTE
23/11/2022 . SISTEMA FAEMG, SINDICATOS, SENAR, INAES, FAEMG

Um grupo de estudantes participou nessa terça-feira (22/11) do encerramento do Programa ATeG Universitária, iniciativa do Sistema CNA em parceria com o Sistema Faemg Senar para formar técnicos de campo para o Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG). Os universitários realizaram atividades na sede, em Belo Horizonte, que incluíram palestras sobre carreira, o ATeG em Minas e no Brasil, e a apresentação de suas vivências nos seis meses em campo.

Os sete universitários foram recepcionados pela coordenadora do ATeG Universitária no Senar Central, Luana Frossard, e pela coordenadora em Minas Gerais, Paula Lobato. Eles também receberam as boas-vindas do gerente de Assistência Técnica e Gerencial Bruno Rocha de Melo, da gerente de Recursos Humanos Sinaria Sousa e do superintendente do Senar Minas, Christiano Nascif. O vice-presidente de Secretaria do Sistema Faemg Senar, Ebinho Bernardes, também fez questão de cumprimentar os estudantes.

Universitários mostraram os resultados de seus seis meses em campo

“Achamos importante trazê-los aqui para esse encerramento presencial não só para que a gente os conheça, mas também para que vocês conheçam a casa. Sabemos que esse é um momento importante para vocês e a gente queria, realmente, que fosse um marco no início da vida profissional de vocês”, disse Bruno Rocha de Melo. Também participaram analistas de assistência técnica e gerencial, a equipe de Recursos Humanos do Sistema Faemg Senar, técnicos de campo e gerentes regionais. 

Perfil

“Sabemos da dificuldade da academia em abordar extensão rural, pois ainda é muito voltada para pesquisa e ensino. Entendemos que esse estágio é um complemento que os prepara muito melhor para o mercado de trabalho”, avaliou Christiano Nascif, chamando a atenção dos participantes para o fato de que o compromisso do técnico é não apenas com uma propriedade, mas com todo o planejamento de uma família, com um patrimônio. “No estágio você pode errar, é o momento para isso; mas, se você errar depois disso, é porque você é ineficaz. Seu trabalho não pode ser um campo de testes”.

Paula Lobato (em pé) e Luana Frossard (na tela), coordenadoras do ATeG Universitária

Sinaria Sousa ressaltou a importância da empatia para o trabalho do técnico em campo. “Empatia é tentar ao máximo se aproximar da realidade do outro e isso é o que vocês irão fazer em campo. O desafio é entender o que aquele produtor precisa e quais são suas possibilidades. O dia a dia vai exigir essa sensibilidade de vocês”.

“Captar profissionais é fácil, mas captar profissionais com perfil não é”, revelou Paula Lobato. “Nosso desafio é contratar pessoas que consigam trabalhar em sintonia com nossa metodologia e nossos objetivos, a fim de manter o alto nível de aprovação do Programa ATeG. “Fazer assistência técnica não é fácil. Não existe receita de bolo, é preciso estudar sempre, se capacitar o tempo todo, pois o aprendizado é contínuo. Essa é uma grande oportunidade para vocês, pois a assistência técnica é uma experiência muito rica para a vida profissional”, aconselhou Luana Frossard. 

Christiano Nascif com os participantes - ao fundo, de pé, Bruno Rocha de Melo

Aprender fazendo

Nas apresentações, os estudantes falaram sobre as principais atividades desenvolvidas enquanto estagiaram e os principais aprendizados e desafios. Um aspecto compartilhado por todos é a empolgação pela oportunidade e a satisfação pelo acesso ao conteúdo e à experiência que não está nos bancos da faculdade, como a parte gerencial. Fora a convivência direta com os produtores rurais e suas diferentes realidades.

Para Everson Brenner Souza Lopes, estudante de Medicina Veterinária de Porteirinha, o aprendizado irá somar não só para a profissão, mas também para a vida, pois ele também é produtor de gado de corte junto com a família. Ele confessa que ficou apreensivo com a responsabilidade de orientar 30 propriedades, mas a prática mostrou o contrário. “Fiquei com medo de não saber o que fazer quando estivesse com o grupo, mas assim que comecei a rodar com o técnico, me acalmei. É só fazer o que já sabemos, respeitando a realidade de cada produtor e tendo atenção para aplicar o que vamos aprendendo com a solução de cada questão em outras fazendas”.

Breno, um dos estagiários, apresentado seus resultados

A também estudante de Medicina Veterinária Liliane Duarte da Silva está saindo do estágio já com um grupo de pequenos queijeiros no Vale do Jequitinhonha encaminhado – ela será a primeira estagiária já confirmada como técnica e inicia os atendimentos dia 15 de dezembro. Liliane destacou o cálculo de indicadores e o entendimento da realidade dos produtores como maiores aprendizados. “Estou confiante de que vou conseguir formar um grupo com um perfil muito bom. O estágio me ajudou muito a ficar mais tranquila, tive a oportunidade de rodar com dois técnicos e estou muito feliz. Já fiz contato com os produtores e eles estão muito animados”.

Aposta que deu certo

“Foi bom conhecer um pouco do trabalho deles, gostei muito do que foi apresentado. Nosso objetivo foi investir nessa formação para conseguir contratar técnicos alinhados com nossa metodologia e preparados para estarem em campo, e acredito que alcançamos isso”, avaliou Paula Lobato. 

Cleberson Dilson, analista de RH (de pé) - à esquerda, de rosa, a gerente de RH SInaria Sousa

Para o analista de RH Cleberson Adriano Dilson, que ministrou treinamentos sobre carreira e desenvolvimento para os estagiários, esses conhecimentos serão levados para a vida inteira. “Tivemos como objetivo oferecer ferramentas para que eles consigam se adaptar ao entrar no mercado de trabalho. Conhecer, saber fazer e querer fazer são conceitos que eles irão levar para a vida”, analisou.

“Tenho certeza de que todos sairão empregados”, comentou o vice-presidente Ebinho Bernardes. “O mercado hoje procura bons profissionais e acredito que vocês tiveram uma grande oportunidade de estar no campo, próximos das atividades do agro. Hoje esse segmento está ainda mais pujante e, por isso mesmo, precisamos de melhores profissionais para atender ao produtor rural. E os produtores e empresas estão de olho em como você executa seu trabalho”, concluiu.

O vice-presidente de Secretaria do Sistema, Ebinho Bernardes

Como participar

Segundo Paula Lobato, as próximas turmas do ATeG Universitária serão formadas a partir do Programa Jornada ATeG. “Os alunos que se inscreverem para fazer a disciplina nas universidades parceiras e que tiverem um bom rendimento poderão ser convidados para integrar o ATeG Universitária”, explica. “Ainda não temos o número de vagas que serão abertas, mas as inscrições serão divulgadas junto às universidades parceiras (UFV, UFMG, UFLA) e nos canais de comunicação do Sistema Faemg Senar”.

Dia de atividades terminou com uma visita a todos os setores da casa - na foto, eles conversam com o vice-presidente de Finanças, Renato Laguardia