Encontrar práticas sustentáveis para o aumento da produção de alimentos é um dos principais temas tratados no agronegócio e os bioinsumos surgem como a grande aposta para o futuro na solução do problema. Além de reduzir o impacto ambiental, dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) mostram que seu uso representa uma economia de US$ 13 bilhões por ano ao setor agrícola.
O tema será discutido no Circuito de Treinamento Agro, em Mário Campos, cidade abrangida pelo Escritório Regional do Sistema Faemg Senar em Sete Lagoas. O evento, promovido em parceria com o Banco do Brasil e com o apoio do Sindicato dos Produtores Rurais de Brumadinho, será realizado no dia 7 de novembro especialmente para produtores rurais da olericultura, cadeia produtiva mais representativa em números de propriedades, produtores e volume de produção da região metropolitana de Belo Horizonte.
“O objetivo é levar informações técnicas, gerenciais e de acesso a crédito para pequenos produtores, mas os demais perfis também poderão participar”, explicou Marília Saraiva, analista de Formação Profissional do Sistema Faemg Senar. A metodologia do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) também será apresentada aos participantes.
Potencial produtivo
Os insumos biológicos ou bioinsumos são produtos específicos feitos a partir de microrganismos (como bactérias e fungos), matéria vegetal, orgânica ou natural e utilizados nos sistemas de cultivo agrícola para combater pragas e doenças, ou para melhorar a fertilidade do solo e a disponibilidade de nutrientes para as plantas. Esse tipo de insumo promove a agricultura sustentável e reduz os impactos em comparação com os agroquímicos comuns.
O assunto é de grande interesse para os produtores das cidades da região de Mário Campos, pois fazem parte do chamado “cinturão verde” do entorno de Belo Horizonte, que provisiona a Central de Abastecimento de Minas Gerais (CEASA) e toda a região metropolitana com hortaliças. Por essa característica, 51% das propriedades rurais, que receberam assistência técnica e gerencial por meio do Projeto SuperAção Brumadinho do Sistema CNA/Senar, são da olericultura. Das 250 hortas cadastradas pela EMATER, 150 ficam em Mário Campos e 90 na vizinha Sarzedo.
Para o Agente de Desenvolvimento Rural do Sindicato Rural de Brumadinho, Matheus Campos, a capital ficaria sem alimentos se esses produtores desistissem da atividade, principalmente folhosos como alface, cebolinha, couve, almeirão, salsa, rúcula, coentro, acelga, entre outros. “Por isso, é essencial promovermos e apoiarmos treinamentos como esse, levando conhecimento, tecnologia e possibilidade de crédito para fixar o trabalhador em seu mercado de produção.
Além da importância, produção e utilização de bioinsumos, os produtores poderão tirar dúvidas sobre crédito rural, desmistificando a ideia de burocracia por trás do processo de contratação. “Teremos dois temas essenciais para o nosso produtor em um só evento”, completou Matheus.
Participe!
O Circuito será das 8h às 17h, no Centro Comunitário Bom Jardim. Para informações e inscrições, ligue: (31) 9 9543 1076 - Matheus Campos. As vagas são limitadas!
Confira a programação:
