Em reunião com membros do Conseleite, o secretário apresentou as reivindicações à União; Importação desenfreada do leite em pó
tem preocupado o setor agropecuário
O presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio Pitangui de Salvo, recebeu na tarde desta quinta-feira (20/07), o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes. Eles reuniram-se com os membros do Conselho Paritário do Leite de Minas Gerais (Conseleite-MG). Durante o encontro, o secretário apresentou o detalhamento das principais preocupações do setor produtivo agropecuário mineiro levadas nesta semana, à Brasília, para o presidente da República em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, entre elas o crescimento desenfreado das importações predatórias do leite em pó.
Além do secretário Thales Fernandes, estiveram presentes ao encontro o vice-presidente de Finanças do Sistema Faemg Senar, Renato Laguardia, a presidente do Conseleite, Isabela Pérez; o presidente da Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CCPR), Marcelo Candiotto Moreira de Carvalho; o assessor Institucional da Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg), Geraldo Magela Silva; o secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, João Ricardo Albanez.

Importação
Nos primeiros cinco meses deste ano, o Brasil importou uma quantidade de leite em pó que equivale à produção aproximada de 180 milhões de litros de leite por mês. O volume representa a produção de leite de 80 mil fazendas brasileiras, com crescimento acima de 200% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O grande volume de importação está provocando a queda do preço pago ao produtor brasileiro, que recebeu, em maio deste ano, o preço médio de R$ 2,72 reais por litro, registrando queda de 6% em relação ao mesmo período do ano passado.
A médio e curto prazos, o cenário pode desestimular os produtores a permanecerem na atividade. No caso de uma mudança de cenário para a alta nos preços internacionais do leite em pó, se a cadeia produtiva estiver desestruturada, torna-se mais difícil a retomada a produção.
A sugestão apresentada pelo secretário de Estado é uma redução nas importações da forma como elas vêm ocorrendo. A importação do produto chegou a 10% da produção nacional, quando, historicamente, o normal era um patamar na casa dos 2 ou 3%.