Até 2050 o mundo terá quase 10 bilhões de pessoas e a questão alimentar será um grande desafio, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). O Brasil que, atualmente, está entre os três maiores produtores mundiais de alimento, atrás apenas da China e dos Estados Unidos, é visto como um dos países com maior potencial para suprir a crescente demanda por comida.
Segundo informações divulgadas pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), o agronegócio teve expansão de 2% em 2020, na comparação com 2019, sendo o único setor “no azul” para o período, enquanto o PIB geral do país teve queda de 4,1%. Também houve retração para Indústria (-3,5%) e Serviços (-4,5%).
Por isso, desde março de 2020, com a intensa propagação da covid-19, diferentes segmentos foram afetados e tiveram que se redescobrir para sobreviver. E com o Sistema FAEMG/SENAR/INAES não foi diferente! A entidade se reinventou para atender os produtores rurais associados e tentar diminuir o impacto negativo da pandemia.
No setor de inovação da entidade, por meio do Instituto Antonio Ernesto Salvo (INAES), parcerias foram feitas para elaborar e oferecer, de forma virtual, cursos, palestras e conteúdos sobre comercialização, logística e escoamento de produtos agrícolas. As capacitações foram adaptadas para o on-line e foram oferecidos apoios aos produtores rurais para a utilização de plataformas digitais para compras coletivas e leilões.
Por isso, a tecnologia e a inovação foram, e continuam sendo, grandes aliadas para as mudanças, seja no uso de tecnologias de ponta e precisão, tais como, protótipos, sensores, robóticas e drones; na transmissão de conteúdo a distância, ou no uso das ferramentas digitais para venda e escoamento da produção. O que mostra que, embora com a pandemia, o agronegócio tem sido um dos alicerces da economia brasileira
*Amanda Miranda Pessoa é coordenadora de Comunidades AgroUp/INAES do Sistema FAEMG/SENAR/INAES.