Minas Gerais foi o grande destaque do Prêmio CNA Brasil Artesanal 2023 - Charcutaria. O estado acumulou a primeira e a quinta colocação. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) anunciou, na quarta (24), os vencedores dos melhores salames artesanais (tipo italiano) que concorreram à honraria. Ao todo, sete produtores chegaram à etapa final do concurso.
O evento foi aberto pelo presidente da CNA, João Martins, que destacou a importância de reconhecer o trabalho dos produtores artesanais brasileiros. Esta edição foi realizada em parceria com a Academia da Charcutaria. O evento teve a participação de presidentes das federações estaduais de agricultura e pecuária, diretores do Sistema CNA/Senar e autoridades convidadas.
A campeã do concurso foi Mariana Ribeiro Teixeira, da Salames Beira Mato, de Formiga (MG). O segundo lugar ficou com Vitor Antônio Gedoz, da Salames Zampa Grigia, de Carlos Barbosa (RS). O terceiro colocado foi o produtor Ediney Neis, da Salames Caravaggio, de Catanduvas (PR). Gesner Belisário, responsável pelos Salames Charcutaria da Serra, de Jaboticatubas, ficou com a quinta colocação.
Os três melhores vão receber prêmios em dinheiro e o selo de participação no Prêmio CNA Brasil Artesanal. Todos os sete finalistas (confira abaixo a lista completa) receberam um certificado dos organizadores. Os vencedores foram à Brasília acompanhados de seus familiares e agradeceram a oportunidade de participar da premiação, além de destacarem a importância desse tipo de iniciativa para ampliar a visibilidade dos salames artesanais.
Mariana Ribeiro Teixeira não escondeu o sentimento de emoção e alegria ao ganhar o primeiro lugar. “Acredito que o prêmio vai me ajudar a expandir mercados para outros estados e principalmente consolidar a imagem e a visibilidade dos nossos salames nos empórios de todo o país”, destacou.
Para Vitor Antônio Gedoz, segundo lugar no concurso, é uma grande conquista para toda a sua família. “Somos de uma família de agricultores que viu nos embutidos uma forma de agregar valor na produção. E a gente busca muito trazer as tradições, a cultura da nossa família e das famílias da nossa região onde estamos localizados. E assim, ter um valor muito além do sabor, mas um valor cultural e tradicional da região”, disse o produtor.
O terceiro colocado, Ediney Neis, esse prêmio vem alavancar mais ainda a produção e enraizar a tradição da sua região e de sua família. “É muito gratificante produzir um produto artesanal e estar entre os três melhores em um prêmio tão importante como este”, afirmou. Gesner Belisário Júnior, de Jaboticatubas, na Grande BH, afirmou que o prêmio reafirma a qualidade do salame produzido.
“É um sentimento muito bom, de afirmação do nosso produto. Tinha muita gente do Sul, com tradição, e a gente conseguiu chegar nessa linha de frente”, assinalou. Belisário ainda destacou que já está colhendo frutos do reconhecimento. “Já teve uma repercussão muito legal, as pessoas estão ligando, acessando nosso instagram, pedindo informações”, acrescentou.
Concurso
O concurso contou com um grande número de inscrições e teve a participações de oito estados: Bahia, Tocantins, Rondônia, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Até a etapa final, os produtos passaram por uma avaliação em um júri técnico, um júri popular e também tiveram suas histórias analisadas.
A premiação é uma iniciativa do Programa Nacional de Alimentos Artesanais e Tradicionais da CNA para valorizar os pequenos e médios produtores rurais, com foco na profissionalização da atividade e na agregação de valor dos alimentos que produzem.
“Uma alegria enorme estarmos aqui nesse evento de premiação, onde os sete finalistas estiveram reunidos. É uma gratificação muito grande a gente saber que estamos contribuindo para valorizar o que tem de melhor na charcutaria no Brasil. Ver a alegria desses produtores é uma alegria para todo o sistema”, afirmou a assessora técnica da CNA, Fernanda Regina.
Para o presidente da Academia da Charcutaria, Diego Jacob, essa é uma iniciativa que coloca a charcutaria em um verdadeiro holofote. “Todo o segmento ganha com isso. Cada vez mais as pessoas vão assimilando o que é a charcutaria. Os pequenos produtores ganham mais visibilidade e isso acaba também se tornando um incentivo para quem quer empreender em charcutaria por saber que existe uma premiação e uma entidade como a CNA que se preocupa com o pequeno produtor. Os ganhos são múltiplos e em vários níveis”, ressaltou.
Essa é a sexta edição do Prêmio CNA Brasil Artesanal, que já promoveu concursos para diferentes produtos, como chocolate, queijo e cachaça. Essa é a segunda edição para a charcutaria, sendo a primeira para o salame tipo italiano.
Veja a relação dos finalistas:
1º Lugar: Salames Beira Mato - Produtora Mariana Ribeiro Teixeira - Formiga (MG)
2º Lugar: Salames Zampa Grigia - Produtor Vitor Antônio Gedoz - Carlos Barbosa (RS)
3º Lugar: Salames Caravaggio - Produtor Ediney Neis - Catanduvas (PR)
4º Lugar: Salames Da Quinta - Produtor Rafael Brognoli Recco - Campos Novos (SC)
5º Lugar: Salames Charcutaria da Serra - Produtor Gesner Belisário - Jaboticatubas (MG)
6º Lugar: Salames Mewius - Produtor Marcos Henrique Mewis - Picada Café (RS)
7º Lugar: Salames Pontel - Produtor Anderson Venturin Pontel - Barreiras (BA)
