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Presidente aborda perspectivas do agro para 2023

ECONOMIA, E AGORA?
ESCRITO POR FERNANDA TEIXEIRA, DE BELO HORIZONTE
19/01/2023 . SISTEMA FAEMG, SINDICATOS, SENAR, INAES

O presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio de Salvo, participou nessa quarta-feira (18/1), do programa “Economia, e agora?”, do canal Viver Brasil. A proposta foi trazer um retrato de setores importantes da sociedade, como o agro, o varejo e consumo, bem como as perspectivas para o cenário econômico de 2023, sob o ponto de vista de especialistas convidados. Participaram do debate a secretária adjunta de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede), Kathleen Garcia, o presidente do grupo Super Nosso, Euler Fuad Nejm, e o líder do canal Viver Brasil, Paulo César de Oliveira, sob a mediação dos apresentadores Gustavo César de Oliveira e Fabiano Frade.  

 

Antônio de Salvo destacou que os produtores rurais mineiros vão continuar produzindo, como sempre fizeram, para levar garantia de segurança alimentar à boa parte da população brasileira e do mundo. “Nós somos entre 450 e 500 mil produtores rurais em Minas. E o campo ainda é pouco conhecido pela população urbana. As nossas atividades, na maioria das vezes, são realizadas a céu aberto e dependem de fatores climáticos que nem sempre são favoráveis – muita ou pouca chuva, geadas e granizo. Mas, mesmo assim, continuamos produzindo sem parar”, iniciou o presidente.

Ele complementou que o Governo precisa fazer a sua parte, provendo educação, saúde, segurança e estradas. “Mais do que nunca, no meio rural, temos a possibilidade de escoar a produção de forma tranquila. Estamos no início do período de safra e as fortes chuvas que atingiram Minas, recentemente, provocaram dificuldades em algumas regiões. Mas o agro segue coeso e confiante, pois é um setor em que a riqueza brota do solo como fruto do trabalho e suor do homem do campo. Nesse aspecto, vale destacar os investimentos em inovação. O Brasil não tinha gado, não tinha as culturas que tem como o café, a soja, o algodão e o eucalipto. Tudo isso foi trazido e melhorado aqui com tecnologia nossa”.

Perspectivas

Em relação ao que o setor espera para os próximos anos, Antônio de Salvo se diz confiante na gestão do governador reeleito Romeu Zema. “Sabemos da capacidade e conhecimento do governador e do seu time, e do respeito que sempre demonstrou em relação ao agro, sinalizando que dá para produzir com sustentabilidade e continuar atuando nas áreas que já temos abertas. E ressalto que fora da Amazônia Legal, Pará e outros, Minas é o estado que tem a maior reserva ambiental do país: são mais de 35% do nosso estado coberto com matas nativas. Ecologicamente estamos muito bem e vamos continuar assim”, explicou.

Sob o ponto de vista federal, o presidente salientou que um dos maiores receios dos representados pela Faemg é a segurança para o homem do campo, com respeito à propriedade privada. “Seremos reconhecidos como quem ajuda Minas e o Brasil ou como uma fatia de pessoas honestas, trabalhadoras, mas que não são parceiras do nosso país? As fazendas do Brasil ocupam 0,6% da superfície da terra e produzem alimento para mais de 1 bilhão de pessoas. Isso é eficiência, trabalho, dedicação e capacidade para gerar o que tem de mais importante no mundo, que é segurança alimentar. Vamos continuar trabalhando de forma ordeira e com responsabilidade, e gostaríamos de ser respeitados por isso”.

Convidados

A secretária Kathleen deu um panorama sobre Minas Gerais e se disse animada com os possíveis avanços nos próximos anos. “O estado tem hoje uma atração de investimentos de R$ 274 bilhões, o que significa quase 370 mil empregos. O que fazemos é melhorar o ambiente e criar condições de trabalho favoráveis aos empreendedores. Estamos com o pé no acelerador e queremos continuar avançando, com foco no trabalho e no resultado para a geração de emprego e renda”.

Como empreendedor, com mais de 30 anos de trajetória, Euler Fuad Nejm também enxerga um futuro promissor. “Não me iludo de que as coisas nem sempre vão acontecer como planejado, mas busco olhar com uma visão otimista, esperando que dias melhores virão, especificamente por se tratar de Minas, onde temos um governador aberto e solícito ao empreendedorismo. Mudanças de governo geram expectativas e cabe a nós medir o acelerador conforme o momento, sempre pensando em evoluir”.

Inflação e logística

O controle da inflação também esteve na pauta do programa. Sobre isso, os participantes foram unânimes em dizer que a alta de preços é prejudicial a toda a população, especialmente para as classes menos favorecidas. Sob o ponto de vista do agro, a expectativa de uma safra recorde é ponto positivo. “Esperamos uma safra recorde que, por si só, pode acarretar uma diminuição da inflação e melhorar o acesso à população aos produtos da cesta básica. Por isso, esperamos equilíbrio nas contas. O Ministério da Economia precisará trabalhar muito bem para continuar com a inflação controlada”, afirmou Antônio de Salvo.

No que se refere à logística, o presidente argumentou que é papel dos governos dar segurança aos setores que dependem dela. “A população urbana precisa ter a entrega do Super Nosso garantida em casa. E nós, do campo, muitas vezes não sabemos o que vai acontecer quatro meses depois da colheita.  O agro não pode contar com instabilidades, somos responsáveis pela segurança alimentar que é básica. Não existe educação, saúde e nem segurança se estivermos de barriga vazia. Estamos atuando de forma correta e precisamos de um diálogo aberto e respeitoso com o governo federal, assim como já temos em Minas Gerais”, concluiu.