Em Água Boa, no Vale do Mucuri, produtores estão optando pelo plantio do café conilon, que resulta em uma bebida considerada dura, que, geralmente, é utilizado em blends, muito consumidos na maioria dos lares brasileiros. Por isso, o Sistema FAEMG/SENAR/INAES promoveu três cursos pilotos na região sobre a cultura: Produção de Mudas Clonais, Poda e Adubação do Café Conilon.
“Foi importante demais a criação desses treinamentos voltados para o café conilon, especialmente para essa região, que tem uma produção recente, mas que tem também um potencial enorme de produzir em grande escala. Esses treinamentos vão agregar muito conhecimento e, consequentemente, aumentar a produção com eficiência e qualidade”, declarou o analista técnico regional do Sistema FAEMG/SENAR/INAES, Cleberty José Rodrigues Ferreira.
Ao todo, cerca de 30 produtores participaram dos três cursos. “Foram os primeiros treinamentos direcionados ao café conilon em Minas Gerais. Alguns dos participantes são atendidos pelo ATeG Café+Forte. Eles estavam muito interessados para aperfeiçoar os trabalhos”, destacou a instrutora do curso de Adubação do café conilon, Letícia Marim Altoé.
O produtor de conilon Adílson de Melo Silva, de Água Boa, foi premiado no 5º Cupping de Cafés Especiais do ATeG Café+Forte. Na semana passada, ele participou do curso de Produção de Mudas Clonais. “A minha participação nesse curso é mais um passo. E vai ser sempre assim: passo a passo, dia a dia, lutando e buscando conhecimento para aumentar a nossa produção, melhorar os nossos produtos e mostrar que temos potencial. O que todos querem e eu também quero é produzir com qualidade e buscar referência de preço. Daí a importância de um curso novo, que vai nos dar justamente essa consciência”.
“Tanto no curso de poda quanto no de mudas, encontrei pessoas com mente aberta e empreendedora. O curso de mudas é fundamental para a região, uma vez que a propagação vegetativa para o café conilon é muito importante para seleção de plantas mais produtivas. Como muitos produtores querem aumentar a capacidade produtiva das lavouras, acredito que, com o auxílio correto, poderão transformar a cafeicultura uma vez que são produzidas apenas mudas por sementes”, ressaltou o instrutor Guilherme Antônio Ferreira.
