Foco e organização do produtor levaram aos bons resultados com a participação no Negócio Certo Rural
O programa Negócio Certo Rural do Sistema Faemg Senar foi um divisor de águas na vida do produtor Felipe Cândido Silveira Nunes de Formiga, na região Centro-Oeste de Minas Gerais. Participante da capacitação a convite do Sindicato dos Produtores Rurais de Formiga, Felipe não só mostrou a sua capacidade de assimilação de conhecimento, como mudou a forma de administrar a sua propriedade e a prestação de serviços com maquinários.
“Eu tentava organizar a minha atividade, mas não conseguia”, resumiu Felipe sobre o seu trabalho antes da participação no Negócio Certo Rural. Segundo ele, com a capacitação foi possível aprender uma maneira mais fácil de preencher planilhas e, assim, registrar o dia a dia da atividade em números. Os dados vão alimentar o registro das entradas, saídas, despesas e lucros e, assim, administrar melhor sua propriedade e atividades.
“Com as anotações foi possível chegar ao percentual de faturamento das atividades que exercia que incluía o plantio de milho, soja e a prestação de serviços com maquinários para terceiros. Eu não tinha controle financeiro das duas atividades, um faturamento se misturava com o outro segmento. Com a capacitação consegui separar cada uma das atividades e entender onde estava ganhando ou perdendo”, sustentou.
Foco
A Agente de Desenvolvimento Rural Rosa Gontijo destacou que Felipe é um produtor de mente aberta, focado em trabalhar com resultados e metas planejadas, sem deixar a qualidade e a segurança de fora. “Penso que o Negócio Certo Rural foi de grande importância para seu empreendimento, momento em que através da metodologia aplicada pelo Sistema Faemg Senar, em parceria com o Sindicato, puderam juntos pontuar gargalos e, por meio de tecnologias aplicadas, melhorar a qualidade dos processos”, disse.
O Negócio Certo Rural tem como objetivo contribuir para a gestão da propriedade rural por meio da capacitação, tendo como foco primordial o empreendedorismo e visando o fortalecimento da agropecuária brasileira. O programa auxilia os produtores na melhoria de negócios já existentes ou na implementação de novos negócios da propriedade, por meio da elaboração de um Plano de Negócio.
Planejamento
Felipe trabalhou muitos anos com o pai e, quando foi administrar sozinho, seguiu o mesmo ritmo da família. Ele destaca que no primeiro ano teve sorte com o plantio de grãos. Ele avalia que o segundo ano foi bom e o terceiro ruim. Mas, diante do aprendizado no programa, optou por não investir no plantio e focar na prestação de serviços com maquinários.
Com o plano de negócios, Felipe percebeu que a operação com maquinário estava gerando mais lucros naquele momento. A partir da análise financeira, ele investiu na manutenção dos equipamentos e no ajuste do valor da hora pela serviço prestado. Com o apoio do instrutor Albert Nether conseguiu separar as contas da atividade e passou a saber o que gastava com cada implemento. “Passei a entender que tenho uma empresa rural e devo administrar as atividades do campo como uma empresa”, observou.
Assim, investiu em um novo trator e descartou outros equipamentos, que não davam o retorno esperado. Criou planilhas ainda mais fáceis para os operadores de máquinas preencherem e tem conseguido manter a atividade com todo o conhecimento adquirido. “Eu prefiro trabalhar com uma margem de lucro menor, mas correr menos riscos”, assinalou. Felipe ainda enfatiza que não foi fácil chegar às decisões tomadas. Contudo, a capacitação o auxiliou nas escolhas mais certeiras.
“O Felipe mostrou durante o Programa Negócio Certo Rural que tem a “visão de empresário” que seria o sonho de todo instrutor e consultor do Senar, com relação ao perfil do público. Por meio das ferramentas de Gestão aplicadas pelo Negócio Certo Rural, ele conseguiu visualizar de forma clara os resultados da atividade de prestação de serviços em máquinas agrícolas, com organização de dados gerenciais, fazendo com que esse tipo de negócio seja tratado como uma importante fonte de receita, e não somente como um aproveitamento do tempo de uso do maquinário fora às atividades internas da sua propriedade rural”, concluiu Albert.