O potencial natural, a riqueza da culinária e a hospitalidade mineira encantam turistas de várias partes do mundo. Foi pensando no crescimento desse setor e nas formas de incrementar os atrativos regionais que ocorreu o I Seminário de Enoturismo e Turismo Gastronômico do Norte de Minas, em Grão Mogol. O Sistema FAEMG/SENAR/INAES, parceiro em diversas capacitações na região, foi representado pelo gerente regional de Montes Claros, Dirceu Martins.
“Grão Mogol conta com duas entidades cooperadas, o Sindicato dos Produtores Rurais e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Temos uma parceria muito profícua com os produtores rurais, Prefeitura e Sebrae, que se fez presente apoiando este evento do turismo associado à vinicultura. A região tem potencial turístico muito grande e cabe a nós apoiar, especialmente os produtores rurais, para que consigam sucesso nesta atividade”.
A programação reuniu entidades parcerias e especialistas em turismo e gastronomia, que palestraram para representantes de várias cidades do Norte de Minas, presentes no evento ou acompanhando a programação de forma virtual. Nos últimos anos, a produção de uvas, vinhos e o turismo rural têm se destacado em Grão Mogol. Por isso o evento focou nessas oportunidades, que podem servir de modelo para aplicação em outros municípios.
“Este é um trabalho de mais de um ano e meio, por meio do projeto Cozinha do Garimpo, que visa trazer identidade para a cultura local, valorizando a história e o potencial gastronômico, e que engloba também treinamento de bares, restaurantes e hotéis, em parceria com o Sistema FAEMG/SENAR/INAES. O seminário estava dentro deste projeto, pegando como vertente a produção da uva e do vinho, unindo gastronomia e turismo. É uma forma de preparar cada vez mais a região para os eventos futuros”, explicou a curadora e pesquisadora de assuntos do Norte de Minas, Bernadete Guimarães.
Gastrônoma, Bernadete tem como tema recorrente dos seus trabalhos a valorização do “DNA mineiro”, a mineiridade que está presente de maneiras específicas em cada cidade. Para ela, as receitas transmitidas de geração a geração, por exemplo, precisam ganhar foco dos municípios. “A cozinha rural está nas raízes do Brasil e, no Norte de Minas, não é diferente. A nossa mineiridade é um ponto muito positivo e essa fartura de identidade regional faz diferença. Estão programados eventos deste tipo em outras cidades, visando destacar as potencialidades locais e puxando o turismo para que mais pessoas possam desfrutar do circuito regional”.
Ao final do seminário, houve degustação de vinhos e queijos e uma visita a uma vinícola do município. “Essa foi uma proposta muito interessante: aliar a cultura da uva com a fabricação do vinho e a questão da exploração do turismo. É importante demais estarmos ombreados, fomentando o desenvolvimento regional. E o turismo é uma atividade importante que movimenta a gastronomia, a agricultura e o artesanato, entre outros”, afirmou Dirceu Martins.
Atrativos
A região, que compõe o Circuito Turístico Lago de Irapé, é composta por rios, cachoeiras e parque florestal, com rica flora, fauna e sítios arqueológicos, além de prédios históricos na área urbana e festas populares tradicionais. Além de cursos e treinamentos, o Sistema FAEMG/SENAR/INAES leva para a região (incluindo os municípios vizinhos, Cristália e Botumirim) o Programa AgroNordeste, contribuindo para a evolução da produção e negócios rurais. O programa é uma iniciativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em parceria com o Sistema CNA/SENAR. Em Minas Gerais, o AgroNordeste é desenvolvido pelo Sistema FAEMG/SENAR/INAES em parceria com os Sindicatos Rurais.
