Produtores de leite, em Corinto, têm muitos motivos para comemorar. É que os frutos do programa gratuito de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Balde Cheio do Sistema FAEMG/SENAR/INAES/Sindicatos já são percebidos pelo grupo de 30 produtores atendidos. Somando ao lucro, a rentabilidade da atividade era de 8% no primeiro ano e passou para 10% no segundo, um aumento de 25%, o que mostra a viabilidade da atividade para quem investiu em técnicas e gestão e permaneceu no grupo durante os dois anos do programa.
Segundo a técnica Adriana Paiva, os produtores confiaram no planejamento e no trabalho proposto, além de abraçaram o espírito de gestão e a metodologia em relação a receita, despesas e custo de produção. Com isso, eles entenderam a necessidade de melhorias envolvendo o aumento de produção, venda de animais, redução de custos e adoção de práticas mais eficientes. “A turma é especial porque nos receberam com carinho, perceberam o propósito do programa e levaram as ações a sério, com comprometimento e responsabilidade”.
As ações foram implementadas conforme a necessidade e a realidade de cada propriedade rural. Entre elas, estão estruturação de piquetes, modificação da alimentação dos animais, formulação da ração, utilização de grão úmido, inserção de tecnologia para plantio de colheita, economia financeira, controle da contagem das células somáticas do leite (CCS), cultura para identificação de patógenos, tratamentos, rotina de manutenção do equipamento de ordenha e produção de forragens.
No decorrer do programa, os participantes buscaram treinamentos do Sistema FAEMG/SENAR/INAES/Sindicatos para ajudar no desempenho dos trabalhos. As certificações foram em Qualidade do leite; Manejo de cria e recria de bezerras leiteiras; Inseminação Artificial de bovinos leiteiros; Cana com ureia, Mineral e concentrado; Casqueamento de bovinos de leiteiros; Programa de Gestão de Qualidade em Campo (GQC) e Ganhando dinheiro na atividade on-line.
Gleisson Coelho dos Santos, de 33 anos, foi um dos produtores que viu a propriedade se transformar com o programa. Para ele, o planejamento ajudou a família a elevar o nível da qualidade e da produção da Fazenda Vila Rica. “As contas não fechavam antes da ATeG. Agora, sabemos o que estamos gastando no mês. No final do ano, analisei os números e vi que a atividade compensa. Apesar da seca, trabalhamos melhor e mais motivados porque sabíamos onde estávamos pisando. Graças a Deus o resultado veio como recompensa e fechamos o caixa com saldo positivo", comemorou.
O produtor Basílio Xavier, da fazenda Sambaíba, satisfeito com os resultados,
mostra o Caderno do Produtor, junto da técnica de campo
Resultados
Os produtores conheceram os resultados do programa em um encontro com a presença da técnica Adriana Paiva; do presidente do SPR, Márcio Paiva; a supervisora do programa, Lauria Letícia Oliveira; e o gerente regional do Sistema FAEMG, Harrison Belico. A supervisora do ATeG Balde Cheio disse que, além dos resultados econômicos e técnicos, outro fator chamou sua atenção: o comprometimento e a satisfação dos produtores com a assistência técnica. “Isso não tem preço”.
“No fechamento dos dados do grupo, percebemos um diferencial muito grande, principalmente pela importância de aliar a assistência técnica a treinamentos de formação profissional. Acredito que isso tenha impactado diretamente nos resultados e auxiliado muito a técnica a conduzir o trabalho dos produtores”, disse o analista técnico e coordenador do ATeG Balde Cheio, Rafael Rocha.