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Jovens de Monte Santo de Minas miram futuro na pecuária de leite

JOVEM NO CAMPO
ESCRITO POR DENISE BUENO, DE PASSOS
17/12/2022 . SISTEMA FAEMG, SINDICATOS, SENAR, FAEMG

Transformação é a palavra que traduz a vida dos 22 jovens de Monte Santo de Minas que participaram do Programa Jovem no Campo do Sistema Faemg Senar. Durante três meses, eles vivenciaram, na Fazenda Jambeiro, todo o processo produtivo da pecuária leiteira. Eles serão os futuros profissionais do setor, seja no trabalho nas propriedades da família, seja na prestação de serviços para outras fazendas e empresas.

Alunos e familiares após a entrega dos certificados

É acompanhando as exigências do mercado que o Sindicato dos Produtores Rurais de Monte Santo de Minas vem proporcionando a formação de jovens do município. Antes mesmo do término do Programa Jovem no Campo, muitas foram as mensagens de pais enviadas ao sindicato destacando os benefícios que ele gerou na vida de seus filhos.

São mensagens como “Ele não para de contar tudo o que viu e aprendeu. Deus abençoe todos vocês pelo bem que estão fazendo a esses meninos e meninas” e “Esse curso fez nosso menino encontrar o caminho que quer seguir na vida”. Essas frases mostram outro efeito do programa na vida dos jovens de 15 a 24 anos: a socialização em uma das fases da vida considerada difícil por muitos.

Além disso, o programa provoca um novo olhar para a atividade exercida por familiares e muitas vezes não compreendida pelos descendentes. Ao conhecer todo o processo de produção e ter acesso a casos de sucesso do setor, eles podem vislumbrar que o caminho a seguir pode estar mais perto do que imaginam.

Preparação para mercado de trabalho

Os trabalhos começaram em setembro e terminaram neste mês. O programa contribui para inserir o jovem no mercado de trabalho rural, oferecendo visão empreendedora de negócio com foco nas oportunidades regionais.

A capacitação, conduzida pelos instrutores Lorraine Soares e Élcio Borges, incluiu aulas sobre motivação, vaqueiro, alimentação, qualidade do leite e empreendedorismo. Segundo Lorraine, toda a vivência experimentada por eles em campo se fundiu com as matérias de gestão e empreendedorismo, em sala de aula.

As mobilizadoras do Sindicato Rural, Rosiane Silveira e Janaína Fernandes, destacaram o retorno que receberam dos pais e o direcionamento dos participantes em continuar estudando, o que comprova todo o sucesso do programa.

Durante a entrega dos certificados, o presidente do sindicato, José Maria Andrade Pontes, destacou a importância da capacitação dos jovens e a necessidade crescente de formação de mão de obra para atender a carência do mercado.

Conhecimento na prática

Para vivenciar na prática o conteúdo estudado, o Sindicato Rural organizou um dia de campo com os alunos na Fazenda Santa Luzia, uma propriedade do Grupo Cabo Verde, em Passos. Atualmente, a produção da fazenda está em 47 mil litros por dia e integra um programa inédito no Brasil de biosseguridade, realizado pela Embrapa e Boehringer, em duas fazendas no país.

Além de conhecerem um dos processos mais promissores de biosseguridade, os alunos conheceram as etapas de produção da fazenda, que inclui seleção genética, bem-estar animal, produção, produtividade e segurança alimentar. Também viram de perto a ordenha em carrossel e o laboratório do leite.

A Fazenda Santa Luzia tem 80 anos, e a quarta geração já trabalha no grupo. “Nós, cinco irmãos, estudamos em escola pública e a forma de dar uma contrapartida por tudo que recebemos é justamente dar oportunidade para outras pessoas aprenderem com a gente tudo o que construímos ao longo dos anos. Temos a obrigação de ajudar a formar técnicos para o setor rural, que é tão importante para o nosso país”, disse o gestor da Santa Luzia, Maurício Silveira Coelho.

Futuro

Entre os participantes, era comum ouvir que os alunos pretendem seguir carreira na pecuária, seja por meio do curso de agronomia ou de zootecnia. Para os que já estão trabalhando, a meta é aumentar a produção.

“O que aprendemos vai fazer uma grande diferença na minha atividade. Eu pretendo aumentar a minha produção”, disse Carlos Daniel Barbosa, de 22 anos.

“Ver na prática o que aprendemos em sala de aula é gratificante. A minha família já trabalha na pecuária leiteira e, agora, vejo que tudo pode ser ainda maior e impactante”, contou Eduani dos Santos, 19 anos.

“O programa vai ajudar na produção e a levar mais tecnologia para a fazenda do meu pai, que trabalha há 15 anos nessa atividade. E eu quero continuar no caminho do agro, fazendo agronomia”, disse Pedro Henrique Pereira, de 19 anos.