Depois de 32 anos na iniciativa privada, Herciliano Carneiro deixou a capital mineira e voltou com a família para Bocaiúva, onde tinha uma chácara de 15 mil metros quadrados. Interessado em investir no agronegócio, ele conheceu o Sistema FAEMG/SENAR/INAES, capacitou-se e, em maio de 2020, abriu o primeiro tanque de 450 metros quadrados, com capacidade para 1.800 quilos de tilápia. O negócio já melhorou e, para este ano, ele estima crescimento de 150%.
Depois do primeiro tanque, Herciliano construiu mais dois, um de 75 e outro de 200 metros quadrados, e um poço artesiano, tudo com a ajuda financeira do cunhado e do sogro. Também foram introduzidas 3.900 tilápias para engorda. A despesca será em setembro, e o produtor já começou a fazer contatos com distribuidores em Belo Horizonte e São Paulo. A estimativa de retorno financeiro é de 32%.
Até setembro, o piscicultor também quer trabalhar com tanques suspensos e sistema de filtragem. O projeto é construir dois tanques de 14 mil litros, que serão o berçário, e mais seis tanques de 50 mil litros para reposição dos peixes. A ideia é de uma produção de três toneladas de tilápia por mês.
“O projeto final é chegar a sete toneladas por mês com todos os tanques em funcionamento. O mercado de tilápia está aberto e em crescimento. Minha ideia é investir nessa área, que é promissora. Trabalho com o conhecimento técnico na ponta do lápis para reduzir custos e ter um resultado melhor de despesca, no menor tempo possível”, contou o piscicultor, que faz questão de enfatizar o apoio incondicional da esposa.
O produtor também serviu de inspiração para outras pessoas da família, que aderiram à Piscicultura. Os cunhados dele, Joaquim Humberto dos Santos e Warley Santos, abriram tanques de 500 metros e 450 metros quadrados. Já o irmão dele, Hedilberto Geraldo, fez um tanque elevado de 21 mil litros e colocou 1.200 tilápias.
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