Produtores assistidos pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Balde Cheio reuniram-se em Nazareno para a reunião de benchmarking, que compara o desempenho entre dois ou mais sistemas. No encontro, foram apresentados dados que evidenciam o sucesso do programa do Sistema FAEMG/SENAR/INAES. O ATeG Balde Cheio foi desenvolvido junto a esses pecuaristas por dois anos, em uma parceria com a Associação dos Produtores Rurais e Agricultores Familiares de Nazareno (Asprafan), o Sindicato dos Produtores Rurais de Lavras e o Sindicato dos Produtores Rurais de Bom Sucesso.
A margem bruta por hectare passou de R$ 1.848,76, no primeiro ano, para R$ 3.337,75, um aumento de 80,5%. A margem líquida anual, de R$ 4.155,94, subiu para R$ 87.980,17, um crescimento de 2.117%. No início, a média do grupo apresentava lucro negativo, com -R$ 0,05 por litro. No primeiro ano de programa, esse valor foi para R$ 0,05. Já no segundo ano, foi para R$ 0,24.
Além disso, os produtores foram qualificados pelo programa Negócio Certo Rural (NCR) e pelos cursos de Casqueamento de Bovinos, Cria e Recria de Bezerras, Inseminação Artificial e Solda Elétrica.
Para o presidente da Asprafan, Elvis Moacir de Carvalho, que participou do programa, o ATeG Balde Cheio é essencial, pois ensina a fazer planejamento em um ambiente empresarial. “O objetivo do produtor é ter rentabilidade, e a assistência em gestão é muito importante para isso. Na minha propriedade, o diferencial foi a eficiência reprodutiva. No início, 30% das vacas não estavam prenhas. Diminuímos este número para 17%”.
“O resultado foi muito positivo e o objetivo foi alcançado. Entregamos aos 24 produtores uma capacidade muito melhor de administração e gestão da propriedade. Além disso, fizemos vários treinamentos vinculados ao ATeG Balde Cheio. Foi muito enriquecedor para o produtor e para mim”, afirmou o técnico de campo e médico veterinário, Fabiano Jardini da Cruz.
“O ATeG Balde Cheio mostra que a atividade é lucrativa. Muitas vezes, é da propriedade que sai o sustento da família do produtor e dos trabalhadores rurais. O programa revela que, quando se trata de leite, centavos fazem a diferença”, disse a mobilizadora da Asprafan, Caroline Aparecida de Lima.