No ecossistema de empreendedorismo e inovação, fala-se muito em soluções que vão gerar impacto em toda a cadeia produtiva. Assim, ao se lançarem no mercado, muitos empreendedores investem energia, tempo e dinheiro em um ou mais produtos correlacionados.
Quando uma solução é aplicada a uma cultura, tem-se, geralmente, uma visão restrita da cadeia. No entanto, podemos ampliá-la para alcançar uma maior dimensão dos resultados gerados no mercado. Pensado pela primeira vez por MORVAN (1985), a ideia de cadeia aplicada ao agronegócio evoluiu com o passar dos anos e, hoje, há outras definições que mostram novos horizontes.
O Sistema Agroindustrial ou simplesmente SAG, como também é conhecido, possibilita enxergar todos os atores impactados no processo produtivo e explicita a complexidade e a pujança do agronegócio e suas raízes por diversas áreas. Diante disso, o empreendedor alcança mais valor ao maximizar o impacto das suas soluções, segmentadas para cada etapa do processo.
Essa visão sistêmica do agronegócio, que começa nos suprimentos das fazendas, passa pelas instituições que têm participação no processo produtivo e chega ao consumidor final, tem diversas vantagens. Entre elas, melhor compreensão da atividade, aplicação imediata para a formulação de estratégias, precisão na antecipação de tendências e percepção da importância crescente da atividade rural.
Dada a relevância do modelo SAG, neste ano, o Sistema FAEMG, por meio do Instituto Antonio Ernesto de Salvo (INAES), lançou a primeira edição do Agro Future Summit. O evento, totalmente on-line, com especialistas das mais diversas áreas, teve como base o modelo de sistema agroindustrial. Foram mais de 8 mil acessos de sete países e 130 palestrantes.
A mudança de mentalidade é uma tarefa difícil, mas, ao mesmo tempo, necessária para ter a real dimensão do impacto gerado por uma empresa e de como o setor se comporta a partir dessa inovação em uma determinada etapa do processo produtivo. Por isso, a missão do Sistema FAEMG de levar conteúdo de qualidade e relevância continua em 2022, com a 2ª edição do Agro Future Summit, fortalecendo a inovação e transformando o agro. Nos encontramos lá!
Silvana Novais é superintendente do INAES (Instituto Antonio Ernesto de Salvo)
Flávio Amaral é analista de inovação do INAES (Instituto Antonio Ernesto de Salvo)
