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Evento debate representação do agro no material didático

AGROPECUÁRIA MINEIRA
ESCRITO POR SIMON NASCIMENTO, DE BELO HORIZONTE
22/03/2023 . SISTEMA FAEMG, SINDICATOS, SENAR, FAEMG

O estudo analisou 94 livros de 10 editoras diferentes e 9 mil páginas foram analisadas 

Os resultados do estudo realizado pela Fundação Instituto de Administração (FIA) sobre a representação do agronegócio no material didático utilizado nas escolas foram apresentados nesta segunda-feira (20/03). A pesquisa, encomendada pela Associação De Olho no Material Escolar, foi realizada por meio de metodologia científica para identificar como o agronegócio é retratado, nível de atualização dos conteúdos, embasamento científico e existência de viés político ideológico.  

Liziana Rodrigues (Sistema Faemg Senar), Christiana Renault (Servas), Professor Christian Lohbauer, Letícia Jacyntho (De olho no material escolar), Pedro D'Angelo Ribeiro (SEAPA)

O estudo analisou 94 livros de 10 editoras diferentes. Ao todo, mais de 9 mil páginas foram objeto de análise. O trabalho constatou um número de citações negativas 60% maior sobre o agronegócio do que de menções positivas ao setor dos livros didáticos. Foi observado que 91% dos conteúdos são de cunho autoral optativo ou dissertativo e apenas 3,5% dos conteúdos com embasamento científico.

A pesquisa ainda mostrou que termos como desmatamento, conflito fundiário e poluição da água foram equivocadamente utilizados para representar o agronegócio nos materiais que são entregues aos estudantes. Na defesa do estudo, a associação constatou que há uma precariedade de embasamento científico nas citações ao agronegócio, falta de valorização do papel do produtor rural e da agroindústria na economia brasileira, conteúdos com viés político e ideológico, informações desatualizadas ou imprecisas e ausência de informações podendo levar à incompreensão do conteúdo.

Também há falta de entendimento sobre a conexão do campo com a cidade. A gerente de Formação Profissional e Promoção Social do Sistema Faemg Senar, Liziana Rodrigues, participou do evento. Ela afirmou que o resultado da pesquisa demonstra, com fatos e dados, uma necessidade de melhor comunicação sobre as ações do agronegócio e suas etapas até que o alimento chegue à mesa do cidadão.

“Nós do Sistema Faemg temos ações transversais nas escolas para valorização e conscientização da importância do agronegócio para a vida na cidade. O agro está na nossa alimentação, nas roupas que vestimos, no combustível que nos transporta. Nossa preocupação é com a sucessão e continuidade da atividade, mas de nada adianta se o conteúdo oficial das disciplinas traz informações distorcidas e sem embasamentos científico”, salientou Liziana.

Presidente da Associação De Olho no Material Escolar, Letícia Jacintho apresentou o trabalho e falou das ações realizadas para fazer com que os conteúdos dos livros sejam aprimorados. “Temos trabalhado em cooperação com instituições de ensino para melhorar o conteúdo ministrado na sala de aula. A parceria entre o agro e educação tem por objetivo construir pontes e promover discussão saudável sobre o setor”, explicou Letícia.

O evento ocorreu no auditório da FIESP e contou com a participação membros da sociedade civil, empresas ligadas ao Agronegócio e representantes do governo a nível estadual e federal. Roberto Rodrigues, Arnaldo Jardim, Antônio Cabreira, e vários outros participantes e defensores do setor se manifestaram sobre a importância do estudo e sobre a necessidade de ação a partir dos resultados.

Minas Gerais marcou sua participação. Além do Sistema Faemg Senar, a presidente do Serviço Social Autônomo (Servas) de Minas, Christiana Renault, o chefe do Núcleo de Gestão Ambiental da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Pedro D'Angelo Ribeiro, também estiveram presentes.