O curso de Produção de Polpa de Frutas, promovido pelo Sistema FAEMG/SENAR/INAES em parceria com o a Agência de Desenvolvimento Econômico e Social de Santa Bárbara (Adesb), preparou um grupo de mulheres para a comercialização do produto para a merenda escolar. As participantes são agricultoras familiares e têm nas compras institucionais um mercado garantido, já que o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) prevê que 30% dos recursos destinados à compra da merenda sejam destinados a produtos da agricultura familiar.
O grupo é acompanhado pela Adesb por meio do Projeto Quintais e terá uma despolpadora e uma envasadora para auxiliar na produção em maior escala. A coordenadora técnica da Adesb e mobilizadora, Neide Silva, explica que já ocorre o fornecimento de outros alimentos para as escolas no município e que a ideia é introduzir as polpas de frutas nesse mercado em 2022. “A merenda escolar surge como uma primeira oportunidade, mas, assim que cobrirem essa demanda, elas podem expandir para o comércio local, como restaurantes, hotéis, mercearias e feiras”, afirmou.
A instrutora Lígia Vidigal de Oliveira destacou que a turma foi formada por mulheres comprometidas. “Algumas já faziam o congelamento de frutas e buscaram conhecimento para aprender as técnicas corretas e melhorar a qualidade dos produtos”.
O espírito empreendedor e a criatividade das participantes também chamaram atenção da instrutora. A ideia de aproveitamento máximo das frutas foi levada muito a sério pela produtora Agda Norberta, que preparou um pudim de jabuticaba para a turma. A receita surpreendeu e agradou a todas, especialmente a instrutora. “Adoramos o sabor, a textura e a coloração. Tenho um lema nos meus cursos que é: tenha positividade e não tenha medo do que faz; pois todos são capazes”, completou.
Agda conta que é salgadeira e a oportunidade de diversificar a produção para aumentar a fonte de renda a motivou a fazer o curso. “O melhor a fazer é inovar para não ficar para trás diante dos clientes e do mercado”.
Projeto Quintas
O Projeto Quintas foi criado para capacitar as mulheres para o aproveitamento das frutas colhidas em seus quintais, como banana, goiaba, jabuticaba, amora, laranja, limão, manga e abacate. Assim, evita-se o desperdício e isso se torna uma fonte de renda. “Queremos transformar a vida das mulheres e promover o empoderamento e a independência delas”, comentou Neide.