“De modo geral, o Governo Federal, por meio do MAPA negociando proximamente com o Ministério da Economia, anunciou informações condizentes com as demandas que foram apresentadas pelo setor produtivo, pela CNA, com a nossa contribuição.
É salutar o aumento do volume de recursos para R$ 236,30 bilhões a priorização de recursos controlados para o PRONAF, PRONAMP e para Programas de Investimento ABC, INOVAGRO, MODERINFRA e MODERFROTA. Nos auxiliarão a continuar produzindo com iniciativas que potencializam a sustentabilidade e incorporem tecnologia no campo.
Nas políticas de mitigação do risco verificamos avanços importantes, com o aumento de recursos para 1,3 bilhão e o trabalho forte do MAPA para melhoria dos produtos de seguro rural, atração de resseguradoras para o mercado brasileiro e de estudos de Zoneamento Agrícola de Risco Climático. Também foi lançado aplicativo que o produtor poderá ter acesso a informações de seguro rural. São ações muito importantes para nossa agropecuária e onde precisamos avançar ainda mais, possibilitando maior adesão dos produtores.
Destacamos a redução das taxas de juros de forma generalizada. Mas esperávamos que fosse melhor, dada a queda da SELIC e o estabelecimento da taxa, no dia de ontem em 2,25%, na reunião do COPOM. As taxas de juros do PAP estão acima da SELIC e esperávamos reduções mais consistentes. Entendemos que há oportunidade de trabalhar o arcabouço regulatório.
Continuaremos buscando ações e atentos aos desdobramentos para alteração de medidas estruturantes e redução dos CUSTOS ADMINISTRATIVOS E TRIBUTÁRIOS, do spread bancário.
Outro anúncio interessante é a medida para atenção ao setor sucroenergético, que vem enfrentando dificuldades decorrentes do mercado e reflexo da pandemia da COVID-19. No momento, o que se sabe é que a medida possibilitará formação de estoques, pelo BNDES, com atenção especial e negociação pela ministra da Agricultura. Aguardamos a publicação da normativa.
Consideramos que a publicação recente da Lei do Agro potencializará a captação de recursos e a desburocratização de medidas da política agrícola no país, o que poderá se somar as iniciativas do PAP, melhorando as condições para os produtores.”
Roberto Simões
Presidente do Sistema FAEMG