O anúncio foi feito nesta terça-feira (01/08) pelo governador Romeu Zema e pelo presidente do BDMG, Gabriel Viegas; créditos somam R$ 618 milhões
Com o intuito de atender pequenos, médios e grandes produtores, o Plano Safra 2023/2024 e o Funcafé foram anunciados pelo governo de Minas. Juntas, as verbas destinadas ao setor agropecuário chegam a R$618 milhões. A medida foi anunciada na última terça-feira (01/8), na sede do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), e surpreendeu os produtores do setor que estavam presentes.
O anúncio agradou o presidente da comissão técnica do Café do Sistema Faemg Senar, Arnaldo Bottrel. O produtor gostou, especificamente, da atenção dada às cooperativas de crédito e de consumo. “Gostei de terem dado atenção às cooperativas de crédito e de consumo, facilitando o acesso destas ao crédito. Tudo dentro da lei, claro. O mais importante é que esse dinheiro chegue nas mãos do produtor”, celebrou.”
Aline Veloso, assessora técnica do Sistema Faemg Senar, relata as expectativas que surgem após o anúncio. Segundo ela, o setor espera que os recursos cheguem ao produtor, por meio das operacionalizações das cooperativas de crédito e agroindústrias. “Uma interessante linha anunciada é para a construção de silos, potencializando a expansão para a armazenagem de grãos, visando o cenário de crescimento da produção, ampliação, modernização, reforma e construção de novos armazéns. Esperamos, em breve, a divulgação de linha própria para atender os nossos pujantes produtos artesanais e que vem ganhando destaque com a agroindustrialização, como os produtores de azeites, cachaça, embutidos, vinhos, agregando ainda mais valor à produção e gerando desenvolvimento local”, comentou.
Funcafé e Plano Safra
Por meio do Plano Safra, projeto do Ministério de Agricultura e Pecuária, serão destinados R$385 milhões, já por meio do Funcafé - Fundo de Defesa da Economia Cafeeira, serão destinados R$232,6 milhões. Juntos, os fundos formam o montante de R$618 milhões em linha de crédito para os produtores rurais.
O diretor do BDMG, Gabriel Viegas, realizou o anúncio junto ao governador Romeu Zema. Ao apresentar o projeto, ele reforçou a importância do setor agropecuário para a economia mineira e destacou que o PIB do Agronegócio representou 22,2% do PIB de Minas Gerais no ano de 2022. Além disso, mencionou que para o BDMG o agro é muito importante, pois mais de 30% do desembolso no banco é ofertado para o setor.
O diretor relatou ainda, ao anunciar os recursos para a nova safra em Minas Gerais, que o BDMG lidera o ranking do FUNCAFÉ nas linhas em que opera. No último ano, inclusive, foi aplicado o valor total requerido pelo Ministério da Agricultura, e isso permitiu ampliar a demanda pelo recurso do fundo, crescendo em mais de 1.000%.
“Será mais crédito em conduções mais competitivas para o setor e a expectativa é de disponibilização de mais de R$1 bi para o setor. Somente no FUNCAFÉ e Plano Safra será de R$618 milhões. Atendendo também os requisitos de inserção de tecnologia e de sustentabilidade, para promover impulsionar o agro em MG e alinhado com as políticas públicas”, destacou Gabriel Viegas.
Recursos para Silos e desenvolvimento tecnológico
Além do aumento do valor destinado ao produtor rural, os campos de atuação também aumentaram e agora a linha de crédito vai encampar os investimentos na ampliação, modernização, reforço e construção de armazéns para conservação de produtos agrícolas. Outro campo de destino dos financiamentos é nos investimentos em desenvolvimento tecnológico para as propriedades rurais. Serão contemplados investimentos no apoio e fomento a setores de produção agrícola, incentivo ao desenvolvimento da agropecuária irrigada sustentável e redução das emissões de gases de efeito estufa.
Os recursos usados para os financiamentos do BDMG têm origem em fundos próprios, como o LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), linhas de investimento do Plano Safra e recursos do FUNCAFÉ (que são geridos pelo MAPA) e as taxas de juros variam dependendo do destino do investimento. A menor taxa fica com a linha destinada à cooperativa de produção (PCA), sendo 7% ao ano com 144 meses para pagamento e 2 anos de carência.
*Estagiária sob supervisão.