Conheça a FAEMG

A FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais) defende os interesses dos produtores rurais do estado.

Crédito Rural

Veja informações sobre os financiamentos destinados aos produtores rurais, cooperativas ou associações para fomentar a produção e comercialização de produtos agropecuários.

Informações Jurídicas

Acesse os documentos disponibilizados pela Assessoria Jurídica para auxiliar os produtores rurais.

Contribuição Sindical
Leiloeiros Rurais

Veja todas as informações sobre os leiloeiros rurais do estado de Minas Gerais.

Compartilhe


Técnicos da CNA visitam o Forrageiras para o Semiárido

PALMA FORRAGEIRA
ESCRITO POR RICARDO GUIMARÃES, DE MONTES CLAROS
20/09/2022 . SISTEMA FAEMG, SINDICATOS, SENAR

O Projeto Forrageiras para o Semiárido teve mais uma importante etapa concluída no Norte de Minas nesta semana. Uma equipe de trabalho, formada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) – por meio do Instituto CNA –, Sistema Faemg e Sindicato dos Produtores Rurais de Montes Claros, visitou as duas Unidades de Referência Tecnológica (URTs) onde as pesquisas são realizadas na região. A ideia foi avaliar a fase inicial do projeto e dar continuidade à segunda fase da ação, que envolve a consolidação de uma nova etapa de análise dos dados.

Equipe de trabalho, composta pelo Instituto CNA, Faemg e Sindicato Rural de Montes Claros durante visita 

“O projeto vem com o grande desafio: testar condições que o produtor enfrenta no dia a dia. Trouxemos uma situação real para a pesquisa mostrar nos resultados qual é a forrageira mais adaptada e qual melhor forma de o produtor rural manejar a sua área. A fase 1  foi implantada em 2017 e, de lá para cá, estamos acompanhando o desempenho e o resultado de cada uma das espécies de forrageiras. Agora, na fase 2, o teste será com a análise dessas forrageiras com pisoteio do animal no pasto em pesquisa”, explicou Alenilda Carvalho de Novais, consultora de campo do Instituto CNA.

A pesquisa avaliou opções de forrageiras de gramíneas anuais, como milheto, sorgo e milho, e gramíneas perenes, como capins, leguminosas e cactáceas. Na visita da equipe de trabalho na URT que recebe a fase 2 do projeto – que será desenvolvida em uma fazenda selecionada –, foram definidas áreas de trabalho para implantação do pasto, estrutura de colchetes e cercas, e planejamento para o plantio das espécies que serão pesquisadas, dando continuidade ao diagnóstico realizado na propriedade em 2021.

“Essas forrageiras que serão testadas na fase 2 são aquelas que tiveram bons resultados na fase 1, mas que agora receberão a presença animal, trabalhando em sete hectares da bovinocultura de corte, que é o caso aqui da região de foco da pesquisa. Serão montados dois piquetes para o período seco e dois para período chuvoso, em sistema de pastejo contínuo, cada um com análise de duas variedades de forrageiras”, comentou Alenilda Carvalho.

Foram feitas análises e definidos planos de ação para a fase dois do projeto

Avanço tecnológico no campo

A avaliação do potencial produtivo e da adaptação das plantas forrageiras às condições climáticas regionais busca o aumento na renda do produtor e o estímulo à atividade agropecuária com mais qualidade de vida no semiárido. Ao todo, dez estados da região nordeste do Brasil e mais o Norte de Minas fazem parte deste projeto. O gerente de Agronegócio do Sistema Faemg, Caio Coimbra, acompanhou a visita de trabalho nas duas URTs de Montes Claros e avaliou como “essencial” a continuidade das pesquisas para auxiliar o produtor rural no seu dia a dia em campo.

“O Sistema Faemg tem a grande função de disseminar novas tecnologias junto aos produtores rurais. Minas Gerais é um estado grande, com vários biomas. Aqui no Norte de Minas precisamos de plantas mais adaptadas às condições de seca, e que, além do processo de adaptação, trazem possibilidade de o produtor rural fornecer alimento de qualidade ao rebanho. Com isso, temos maior produtividade, desenvolvimento econômico e social, proporcionando melhor qualidade de vida”, avaliou.

A pesquisa é realizada em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com apoio do Sistema Faemg e, em Montes Claros, atua ainda ao lado da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) e do Sindicato dos Produtores Rurais local, entidades que também realizam os estudos e que cederam espaço em fazenda experimental própria para a primeira fase do projeto.

Equipe visitou a fazenda experimental onde ocorre a fase 1 do projeto

A produtora e diretora do Sindicato Rural de Montes Claros, Hilda Andrea Loschi, acompanhou todo o projeto. Ela explicou que o sindicato identificou problemas comum aos produtores na hora de alcançar melhores números de produtividade, já que é comum a perda de capim e prejuízos constantes para refazer o pasto. A expectativa é que o projeto Forrageiras para o Semiárido contribua diretamente para a melhoria deste cenário.

“O produtor rural vai levando a vida e desenvolvendo suas atividades muitas vezes sem fundamentos técnicos, e pode não tomar as melhores decisões. A importância das URTs é encontrar quais alternativas de forrageiras suportam o nosso clima e qual desempenho os animais vão ter nestas forrageiras. A pesquisa é contínua. Existem empresas de pesquisa gerando novos materiais que precisam vir à campo, colocados na situação real do produtor rural. A gente sabe o quanto é difícil sobreviver e tirar dinheiro de uma atividade econômica em propriedade rural. Quando trazemos informação técnica, o objetivo é fazer a vida deste produtor mais fácil”, finalizou Hilda.